Tarifaço: 55% acham que Bolsonaro e filho estão agindo mal, aponta Quaest

Maioria acredita que Eduardo Bolsonaro defende interesses próprios e de sua família
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Eduardo Bolsonaro (PL-SP) vem realizando uma série de reuniões que escancaram um modus operandi típico de quem atua contra os interesses nacionais. Foto: Lula Marques/Agência Brasil

Para 55%, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seu filho, deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), estão agindo mal diante do tarifaço de 50% do presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump (Partido Republicano), de acordo com pesquisa Quaest divulgada nesta quarta-feira. A família tem articulado sanções internacionais para impedir o julgamento da tentativa de golpe de Estado. Saiba mais em TVT News.

Lula e o PT saem como o lado que está fazendo o que é mais correto no embate com Trump, aponta a Quaest. Para 48%, o presidente e seu partido são os mais certos — houve aumento de quatro pontos percentuais em relação a julho. Já para 28%, Bolsonaro e seus aliados são os que agem da melhor maneira.

A mesma pesquisa questionou os entrevistas sobre avaliação e aprovação do governo Lula. O presidente teve aumento da aprovação em todas as faixas de renda e regiões do Brasil. Foi registrada a menor a menor diferença entre aprovação e desaprovação desde janeiro de 2025.

Avaliação dos brasileiros sobre o tarifaço de Trump

A maioria (71%) considera que Trump está errado em impor taxas ao Brasil por acreditar que há uma perseguição a Bolsonaro no Brasil. Apenas 21% defendem que o presidente dos EUA está certo. Considerando o recorte por posicionamento político, apenas os bolsonaristas acreditam que o republicano está correto (54%) — no grupo, 36% avaliam que a ação trumpista é incorreta

Para 51%, as tarifas foram aplicadas ao Brasil em prol da defesa dos interesses políticos de Trump. A defesa dos interesses comerciais americanos é o motivo das taxas para 23% e motivos pessoais são a razão para 2%. No início de agosto, Pesquisa Ipsos-Ipec identificou que 75% via o tarifaço como questão política e 12% como questão comercial.

Leia mais: Maioria aprova retaliação do Brasil aos EUA no tarifaço

Houve queda de quatro pontos percentuais na percepção de que Trump é capaz de inverter a inelegibilidade de Bolsonaro (55%). São 36% os que acreditam que o presidente dos EUA consegue reverter a decisão.

A avaliação da resposta de Lula ao tarifaço é dividida: 44% acreditam que o presidente age bem e 46%, que age mal. A diferença para o clã Bolsonaro, porém, é grande: apenas 24% acreditam que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seu filho, deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), agem bem.

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Foto: Quaest/Reprodução

A percepção do clã Bolsonaro está derretendo entre os brasileiros. Para 69%, Eduardo Bolsonaro defende interesses próprios e de sua família, enquanto 23% acredita que o deputado federal defende os interesses do Brasil.

O impacto do tarifaço será prejudicial para 77% dos entrevistados, enquanto 20% acredita que não devem prejudicar suas vidas. A percepção negativa em relação às taxas na dimensão da vida pessoal é unânime em todo o espectro político: lulista, esquerda não lulista, sem posicionamento, direita não bolsonarista e bolsonarista. Dos entrevistados, 64% acredita que o preço dos alimentos irá aumentar; 18% que irá diminuir; e 13% que irá se manter.

A reação ao tarifaço deve ser pela via da negociação para 67%, um aumento de seis pontos percentuais em relação à Quaest anterior. O percentual de apoio à “resposta na mesma moeda” caiu cinco pontos percentuais e passou a ser de 26%. A percepção de que o governo Lula vai conseguir negociar um acordo é seguida por 48% contra 45% que discordam.

A pesquisa foi realizada entre 13 e 17 de agosto e tem margem de erro de 2 pontos para mais ou para menos. Foram ouvidas 2.004 pessoas a partir de 16 anos em 120 municípios do Brasil. O nível de confiança é de 95%

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