“A FUP não faz indicações e nem precisaria”, afirma o coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar, nesta quarta-feira (21). Desse modo, ele rebate suposta influência da FUP em indicações na Petrobras. Trata-se de resposta à matéria publicada pela Folha de S.Paulo na última segunda-feira (19). Sem apontar qualquer irregularidade, a reportagem ressalta a ampliação da presença do governo e de sindicatos na nova gestão da Petrobras, sob comando da presidenta Magda Chambriard, que assumiu em junho passado.
“A FUP é uma das maiores federações de trabalhadores do país e a maioria dos petroleiros da Petrobrás, filiados a alguma representação sindical, são ligados à FUP. Ou seja, a Federação está na grande parte do corpo funcional da companhia. Assim sendo, mesmo quando escolhe alguém do seu corpo técnico e funcionário de carreira, a empresa está colocando um pouquinho mais de FUP em cargos de liderança. E quando a estatal escolhe especialistas competentes extra quadro, altamente qualificados – como está previsto no estatuto da empresa – a FUP só tem a apoiar”.
“Ao todo, foram trocadas 17 gerências-executivas, cargo que fica logo abaixo da diretoria e é o último degrau técnico na hierarquia da estatal. Nesse processo, assumiram quatro pessoas de fora da estatal, sendo três ligadas à FUP (Federação Única dos Petroleiros) e uma ao PT. As outras gerências foram ocupadas por profissionais da própria empresa”, diz a reportagem da Folha.
Nesse sentido, o texto destaca mais especificamente os nomes de Eduardo Costa Pinto, William Nozaki e Rodrigo Leão. O primeiro assumiu gerência-executiva na área de Exploração e Produção. Enquanto os outros dois ocuparam cargos na diretoria de Transição Energética e Sustentabilidade. Eles são oriundos do Instituto Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep), criado pela federação dos petroleiros.
