Incêndios: governo amplia esforços enquanto PF investiga criminosos

Após a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, classificar incêndios em SP como "atípicos", PF abre investigação
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Em coletiva conjunta com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a chefe da pasta avaliou o aumento expressivo de incêncios. Foto: Marcelo Camargo/ABr

“Não é natural em hipótese alguma que, em poucos dias, você tenha tantas frentes de incêndios envolvendo concomitantemente em vários municípios, mas obviamente que são as investigações que vão dizer”, afirmou ountem (25) a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. Em coletiva conjunta com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a chefe da pasta avaliou o aumento expressivo de incêncios no interior de São Paulo, que tingiram os céus de cidades do Sudeste e Centro-Oeste e cinza.

No sábado, 36 cidades paulistas estavam sob alerta de fogo. Para Marina, trate-se de algo atípico. “Começa a ter, em uma semana, praticamente em dois dias, vários municípios queimando ao mesmo tempo? Isso não faz parte da nossa curva de experiência na nossa trajetória de tantos anos de abordagem do fogo”, completou a ministra. Então, ela anunciou que a Polícia Federal abrirá um inquérito para averiguar as circunstâncias dos incêndios. O pedido para mobilização da PF veio do Instituto do meio Ambiente (Ibama).

O inquérito somará a mais de 30 investigações em curso em outros biomas, particularmente o Pantanal e a Amazônia, que também sofrem com queimadas e estiagem recorde. “É movimento atípico, de fato, mas as conclusões só podem ser trazidas a público com a conclusão dos inquéritos”, disse o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues. Por fim, Marina sentenciou que “nesse momento é uma verdadeira guerra contra o fogo e contra a criminalidade”.

Ministra Marina Silva fala sobre incêndios atípicos em São Paulo e a mobilização da PF

Fumaça dos incêndios

Pelo segundo dia seguido, o céu de Brasília amanheceu encoberto de névoa proveniente da fumaça vinda de outras regiões do país. O brasiliense saiu de casa na manhã desta segunda-feira (26) e se deparou com um céu cinzento e um horizonte curto. Mal podia se ver a paisagem poucos quilômetros à frente.

O cenário visto na capital federal é uma junção do acúmulo de fumaça produzida pelas queimadas no estado de São Paulo e a seca que, tradicionalmente, ocorre na região do Cerrado nesta época do ano. Em Brasília, não chove há mais de 120 dias.

A Defesa Civil do Distrito Federal mantém o nível de alerta na cor laranja, permitindo a continuidade das atividades escolares nesta segunda-feira (26).

Os focos de incêndio têm batido recorde neste ano em regiões como a Amazônia, o Pantanal e o Sudeste. O problema se intensificou no interior de São Paulo nos últimos dias. Segundo dados do governo do estado de São Paulo atualizados neste domingo, 21 cidades paulistas têm focos de incêndio ativo e 46 municípios estão em alerta máximo para o fogo.

Com informações da Agência Brasil

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