Pesquisar
Close this search box.

Petro alega que sofre tentativa de golpe de Estado na Colômbia

Conselho Nacional Eleitoral abriu investigação sobre campanha eleitoral do presidente em 2022
Presidente da Colombia, Gustavo Petro. (Crédito: Reprodução rede social X)

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, alega que sofre tentativa de golpe de Estado por conta da investigação averta contra seu governo. Petro usou as redes sociais para expressar sua rejeição à atuação do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), que, segundo ele, está tentando suspender seu mandato com base em uma investigação para a qual não possui jurisdição. A investigação do CNE alega que a campanha de Petro ultrapassou os limites de gastos e recebeu fundos de fontes proibidas.

Petro refuta as acusações e afirma que não aceitará que um órgão administrativo e político invalide a vitória conquistada nas urnas pelas forças populares em 2022. Nas redes sociais, o presidente declarou: “Cada medida tomada contra o presidente no Conselho Eleitoral constrói um golpe de Estado. Eles reclamam da Venezuela? Na Colômbia, avança um golpe de Estado contra o presidente.”

Além disso, Petro acusou setores da oligarquia e da direita colombiana de estarem por trás da tentativa de golpe. “O que estão planejando é um golpe de Estado contra o povo e contra o presidente. É tão simples. E para isso está empenhado o dinheiro dos poderosos e da máfia, incluindo planos de assassinato,” denunciou o presidente em outra mensagem publicada no X.

Risco de Golpe

Em comentário sobre a situação, o professor Lejeune Mirhan discutiu a gravidade da crise na Colômbia durante o programa Geopolítica em Foco, da TVT, nesta segunda-feira (9). Mirhan observou que, se as investigações do CNE resultarem na suspensão de Petro, seria a primeira vez na história do país que um presidente progressista sofreria um golpe. “Essa é a primeira vez que um presidente progressista vence as eleições e ainda será golpeado. Torço para que isso não aconteça.”

O professor também enfatizou a importância da mobilização dos movimentos populares e sindicais, bem como do apoio internacional para a sobrevivência do governo de Petro. Segundo Mirhan, a solidariedade internacional, especialmente a que pode ser mobilizada por líderes latino-americanos como Nicolás Maduro, será importante para a defesa da democracia na Colômbia. “Para que o golpe não aconteça, os movimentos populares e sindicais precisam ir às ruas, e a solidariedade internacional, que o Maduro vai chamar com toda a certeza, será uma ferramenta importante,” completou Mirhan.

Mobilização

Diante da ameaça de golpe e de um possível retrocesso antidemocrático, organizações sociais e sindicais como a Central Unitária dos Trabalhadores (CUT), o Comando Nacional Unitário (CNU) e a Coordenadoria Nacional para a Mudança (CNPC), convocaram uma Assembleia Nacional para os dias 14 e 15 de setembro.

As entidades também planejam uma mobilização nacional massiva para o dia 19 de setembro, com o objetivo de rejeitar a tentativa de golpe e repudiar seus responsáveis.

Assuntos Relacionados