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Candidatos isolam Marçal em debate do SBT

Chamado de "jogo do tigrinho" por Tabata, candidato da extrema-direita reconheceu que mostrou sua "pior versão" nos últimos debates e promete melhorar
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Após baixarias em série, debate do SBT teve tom morno. Foto: Divulgação/SBT

O ex-coach Pablo Marçal (PRTB) ficou praticamente isolado durante o debate do SBT, nesta sexta-feira (20). Os demais candidatos evitaram dirigir perguntas ao radical de extrema-direita, que protagonizou bate-bocas e agressões contra quase todos os demais competidores nos debates anteriores. No primeiro bloco, ele apareceu somente após 23 minutos. Ele foi confrontado por Tabata Amaral (PSB), que comparou o influenciador ao “jogo do tigrinho”.

“Pablo Marçal é como o jogo do tigrinho, promessas fáceis que podem até atrair quem está desiludido, mas que lascam com a vida da maioria das pessoas. Quanta gente não fez os cursos dele em que promete tudo isso e agora o processam? Por isso é importante conhecer a história das pessoas”, disse a candidata.

Marçal, que viu suas intenções de voto caírem, e a rejeição subir, nas últimas pesquisas, principalmente após ter levado uma cadeirada de José Luiz Datena (PSDB) no último domingo, tentou adotar um tom mais moderado, e até chegou a pedir “perdão”.

“Eu nunca fui o palhaço, eu sempre respondi aos palhaços. As pessoas querem saber a sua pior versão e sua melhor. A minha pior eu já mostrei nos debates. A partir de agora vocês vão ver alguém que tem postura de governante”, reagiu o ex-coach. Ainda assim, ele afirmou que os demais candidatos “não são viáveis emocionalmente, espiritualmente e fisicamente”.

Boulos x Nunes

O deputado federal Guilherme Boulos (Psol) e o prefeito Ricardo Nunes – que lideram a disputa, conforme as últimas pesquisas – protagonizaram os principais embates. Boulos questionou o prefeito sobre sua mudança de postura em relação à vacinação obrigatória.

“Esses dias até ouvi uma coisa do Ricardo Nunes dizendo que errou ao defender vacinação obrigatória. A vacinação foi tão importante na pandemia e agora, para agradar aliados políticos, ele diz que não defende mais, ou seja, fica mudando de posição na eleição”, disse Boulos, cobrando uma postura definitiva de Nunes.

O prefeito, por outro lado, se defendeu, alegando que transformou a capital paulista. Mas questionou a aplicação do comprovante de vacinação para acessar locais fechados durante a pandemia. “O que eu falei, que a gente precisa sempre corrigir aquilo que às vezes a gente erra, que foi a questão do passaporte. As pessoas, pra ir numa igreja, não precisa obrigar ter que apresentar um passaporte, para ir num bar, para ir num restaurante.”

Na réplica, Boulos ainda acusou Nunes de realizar “maquiagem” na cidade, com obras apenas em período pré-eleitoral. “A minha proposta para a zeladoria é não cuidar da cidade só em tempo de eleição, que foi o que você fez. É só chegar perto da eleição, o Ricardo Nunes começou a fazer maquiagem”. Disse ainda que a atual gestão promoveu uma “indústria da morte”, ao privatizar os serviços funerários na capital.

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