Ingressos gratuitos para show de indígenas no Itaú Cultural

Músicos Gean Ramos Pankararu, Edivan Fulni-ô e Souto MC se apresentam em SP na programação da 8ª Mekukradjá – Círculo de Saberes
ingressos-gratuitos-para-show-de-indigenas-no-itau-cultural-vista-da-entrada-do-espaco-olavo-setubal-foto-edouard-fraipont-tvt-news
Vista da entrada do Espaço Olavo Setubal | foto: Edouard Fraipont

O Itaú Cultural promove na primeira semana de outubro, de quinta-feira (3) a sábado (5), show de artistas indígenas dentro da 8ª edição da Mekukradjá – Círculo de Saberes. Os convidados são Gean Ramos Pankararu, Edivan Fulni-ô e Souto MC. Os ingressos gratuitos podem ser adquiridos a partir de sexta-feira, 25 de setembro.

O evento acontece desde 2016 promovendo interações entre diferentes povos originários brasileiros com rodas de conversa, debates e atividades culturais.

Na quinta-feira, às 20h quem se apresenta é Gean Ramos com a participação especial do grupo Kyre’y Kuery. O cantor já foi indicado ao Indigenous Music Awards, em 2016. O seu trabalho é marcado pela ancestralidade indígena e negra que mantém suas origens. Ao mesmo tempo, o som produzido por ele lembra a sonoridade do MPB produzido por Chico Buarque. Ramos nasceu em Jatobá, cidade do sertão de Pernambuco, mas atualmente reside na aldeia Bem Querer de Cima, território indígena Pankararu.

Na sexta-feira, também às 20h é a vez de Edivan Fulni-ô subir ao palco levando música contemporânea. O artista nasceu em Salvador e cresceu junto aos Pataxós, no sul da Bahia. Sua expressão artistica perpassa por questões políticas de identidade e resistencia, como nas músicas Não Sou Índio pra Gringo Ver e Demarcação Já – Meu Nome Não é Manuel.

Para encerrar a programação, Souto MC leva o flow marginal de influências do ao amazofuturismo e ao tupinipunk. A rapper é natural de Itaquaquecetuba, na região metropolitana de São Paulo, e possui ascendência cariri. Suas músicas misturam os ritmos urbanos do hip hop, rap com a sonoridade ancestral com letras que percorrem temas como identidade indígena, território e o machismo na cena do rap.

Todas as apresentações contarão com tradução simultânea em Libras.

Redação TVT News. Por Emilly Gondim

Assuntos Relacionados