Israel prossegue nas investidas violentas contra o Líbano. Após “apagar” a Faixa de Gaza do mapa, segue o expansionismo sionista do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. O alvo da vez são os libaneses. Assim como no território palestino de Gaza, a maior parte das vítimas são civis. As forças israelenses já mataram mais de 40 mil em Gaza, sendo mais da metade mulheres e crianças. No Líbano, centenas morrem nos bombardeios todos os dias desde a última semana. Além disso, mais de 1 milhão de pessoas fugiram de suas casas, em uma das piores crises humanitárias da região na história recente.
Em Gaza, Israel destruiu 90% de todas as plantações. Além disso, impôs a pior crise da história do povo palestino. O PIB recuou 81%; 80% das empresas não existem mais. “A matança e destruição em Gaza são diferentes de tudo o que aconteceu em meus anos como secretário-geral”, disse o chefe da ONU, António Guterres. De todos os edifícios palestinos na região, 66% deles estão no chão. Isso significa o comprometimento de 163.778 casas e prédios.
Gaza, Líbano, Irã e além
Contudo, o banho de sangue em Gaza não parece suficiente para o governo sionista de Netanyahu. Sob pretextos – ora religiosos, ora confusos – Israel prossegue em sua missão de controlar a região. Na ONU, Netanyahu apresentou uma visão de controle quase total do Oriente Médio pela máquina de guerra israelense. “Abençoado”, dizia o mapa apresentado pelo primeiro-ministro. Neste material, é possível imaginar os próximos passos, que podem envolver conquistas territoriais no Irã, Síria, Egito e até mesmo Arábia Saudita.
Hoje (30), Netanyahu gravou uma mensagem ameaçadora com destino ao próximo alvo após o Líbano. “Não há lugar no Oriente Médio que Israel não possa alcançar (…) A esmagadora maioria dos iranianos sabe que seu regime não se importa com eles (…) Quando o Irã finalmente for livre, e esse momento chegará muito mais rápido do que as pessoas pensam – tudo será diferente”, afirmou.
Refugiados
De acordo com a ONU, hoje (30), o número de libaneses que fugiram de suas casas por conta dos bombardeios de Israel passa de 1 milhão. O temor é de uma invasão por terra em larga escala. Também hoje, notícias locais dão conta de que tropas sionistas já estão organizadas em solo libanes. Além disso, os ataques israelenses estão cada vez mais pesados na capital Beirute.
Cerca de 100 mil deslocados libaneses chegaram à Síria, de acordo com a Agência da ONU para Refugiados, a Acnur. O alto comissário da ONU para Refugiados, Filippo Grandi, disse que “o fluxo continua” em passagens de fronteira. “O Acnur está presente em quatro pontos de passagem ao lado das autoridades locais”, completou.