USP inaugura Centro de Estudos Palestinos

Palestina será tema de estudos da FFLCH. Escritor palestino Atef Abu Saif prestigia o lançamento
usp-inaugura-centro-de-estudos-palestinos-acampamento-realizado-por-alunos-da-fflch-em-defesa-da-palestina-foto-maisa-mendes/opiniao-socialista-tvt-news
Acampamento realizado por alunos da FFLCH em defesa da Palestina. Foto: Maísa Mendes/Opinião Socialista

A Universidade de São Paulo (USP), considerada a melhor da América Latina, irá inaugurar na quarta-feira (16) o Centro de Estudos Palestinos (CEPal), ligada a Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). O evento vai contar com a participação dos respeitados professores e ex-ministros Paulo Sérgio Pinheiro e Francisco Rezek.

O CEPal irá receber também o escritor palestino Atef Abu Saif que é nome confirmado na
Festa Literária Internacional de Paraty (Flip). Ele está aproveitando a passagem pelo Brasil para lançar o livro Quero Estar Acordado Quando Morrer: Diário do Genocídio em Gaza (Elefante, 2024). A obra documenta os três meses que Atef esteve preso entre os bombardeios de Israel e Palestina acompanhado de seu filho.

Qual o papel do centro de estudos da Palestina?

Como um grupo ligado à universidade, o principal objetivo é reunir os pesquisadores de todas as áreas que tenham a Palestina como tema de pesquisa, aumentando as relações de troca de informação e ampliando o conhecimento sobre o assunto. Além disso, o CEPal irá buscar soluções de auto-emancipação, convivência e paz na região.

Terá a promoção de palestras e cursos com pesquisadores visitantes, organizar grupos de estudos interdisciplinares dedicados à questão palestina, realizar o intercâmbio acadêmico com universidades palestinas e com acadêmicos palestinos. Além disso, irá responder às demandas da sociedade brasileira e da mídia por entrevistas, aulas e formação em geral.

Segundo o CEPal, a criação do núcleo reflete o reconhecimento dos estudos palestinos pela USP. “Sua criação expressa o reconhecimento de que a Questão Palestina constitui responsabilidade mundial – desde que a ONU dividiu o território da Palestina histórica para a criação de dois estados, mas foi incapaz de apoiar efetivamente a autodeterminação nacional do povo palestino”, escreveu o projeto em nota.

Por Emilly Gondim

Assuntos Relacionados