O temporal que assolou São Paulo na sexta-feira deixou estragos. Além de sete mortes e mais de 500 mil ocorrências atendidas pelos Bombeiros e a Defesa Civil do estado, a chuva deixou um número que ultrapassa dos 354 mil em imóveis sem energia elétrica só na capital paulista, totalizando 530 mil imóveis em toda a região.
De acordo com a Defesa Civil, as rajadas de vento atingiram 107,6 km/h, número recorde desde 1995. Cinco pessoas morreram em decorrência do desabamento de muros no interior e duas morreram após a queda de árvores na Grande São Paulo.
O ministro de Minas e Energia Alexandre Silveira anunciou em coletiva de imprensa nesta segunda (14), que determinou o prazo de três dias para que a Enel restabeleça totalmente a energia elétrica em São Paulo. O ministro também criticou a conduta da agência reguladora Aneel que não demonstrou eficiência na fiscalização da distribuidora Enel, que já deixou São Paulo no escuro em outros períodos.
Em meio a troca de acusações entre o governo estadual e municipal, Alexandre Silveira ainda comparou Ricardo Nunes com Pablo Marçal, por espalhar fake news de que o governo Lula estaria tratando da renovação do contrato com a Enel: “O prefeito de São Paulo aprendeu rápido com seu adversário Pablo Marçal. A Enel vence seu contrato em 2028, ela tem até 2026 para se manifestar sobre a renovação.”
Silveira esclareceu que não há indicativos da renovação da concessão da Enel em São Paulo e que no futuro, em caso de falta de planejamento das distribuidoras para ocorrências desse tipo, as empresas serão penalizadas conforme novo decreto do governo Lula.
A Enel não estimou previsão do restabelecimento, mas agora conta com 2.900 técnicos em campo, de funcionários próprios e emprestados de distribuidoras de outros estados.