Na próxima quarta-feira (23), abre no Itaú Cultural a Ocupação Oswald de Andrade. A exposição reúne mais de 160 itens, divididos em quatro blocos: apresentação; biografia, com fotografias e objetos pessoais originais. A mostra marca os 70 anos de morte do poeta modernista brasileiro.
A curadoria da instituição, com consultoria do jornalista Lira Neto, trouxe manuscritos, datiloscritos originais de livros, peças, poemas e artigos. Na exposição será possível conferir áudios em que Oswald de Andrade recita as próprias produções.
Entre as primeiras edições de destaque, será possível encontrar Pau Brasil (1925); Memórias Sentimentais de João Miramar, livro escrito entre 1916 e 1923, lançado em 1924; Serafim Ponte Grande (1933); Primeiras Poesias (1945). O rascunho manuscrito do livro Primeiro Caderno do Alumno de Poesia e sua primeira edição também estarão expostos junto a chamada trilogia do exílio — formada pelos romances Os condenados (1922) e Estrela de absinto (1927), e A escada vermelha (1934).
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A mostra traz ainda cartas que Oswald de Andrade trocava com Érico Veríssimo, Dalton Trevisan e Manuel Bandeira. Conjuntamente, há um bilhete escrito a Luís Carlos Prestes informando sobre a criação da Ala Progressista Brasileira. Os dois foram companheiros no Partido Comunista até 1945.
Além das obras feitas pelo homenageado, estarão disponíveis vídeos com depoimentos do filho Rudá e da filha Marília e dos biógrafos Lira Neto e Maria Augusta Fonseca. Haverá ainda um vídeo sobre os manifestos de Oswald de Andrade, produzido pelo Itaú Cultural e dirigido por Rodrigo Mercadante; e produção teatral.
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Se você não puder visitar a exposição, que ficará aberta até outubro de 2025, pode conferir no streaming Itaú Cultural Play o filme O Rei da Vela (1983), dirigido por José Celso Martinez Correa e Noilton Nunes, baseado em texto homônimo oswaldiano da década de 1930.