O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai compartilhar experiências durante a Cúpula Social do G20, que começou na última quinta-feira (14) e prossegue até sábado (16) na região portuária do Rio. Além de apresentar diversas iniciativas de apoio a projetos sociais e ambientais, o Banco vai reforçar seu papel de articulação no projeto Viva Pequena África, na zona portuária do Rio, com o anúncio de três novos doadores para a iniciativa.
O BNDES abriu sua participação no evento na quinta, no Espaço Kobra, com a apresentação do caso da Organização dos Povos Indígenas do Rio Juruá (Opirj), que articula os povos indígenas nos municípios de Cruzeiro do Sul, Rodrigues Alves, Porto Walter, Marechal Thaumaturgo e Mâncio Lima, no Acre. No ano passado, o Banco aprovou o apoio de R$ 33,6 milhões, em recursos do Fundo Amazônia, a um projeto liderado pela Opirj para combater o desmatamento no Estado, na fronteira com o Peru, por meio da atuação em rede e de forma coordenada em 13 terras indígenas da região, beneficiando 11 mil pessoas.
Também na quinta (14), no Píer Space do Armazém 1A, ou CRIA 20, foi realizado o painel “Aliança Global contra a Fome e a Pobreza” com participação da primeira-dama Janja Lula da Silva, da ex-ministra do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome e diretora Socioambiental do BNDES, Tereza Campello, da atriz sul-africana Nomzamo Mbatha, da jovem ativista do Gana Emmanuella e da influencer de origem venezuelana-libanesa, Surthany Cooks.
Com agenda robusta, o CRIA G20 é um canteiro para a transformação e para o engajamento social, orientados a semear o debate sobre a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, a nova arquitetura financeira global e o enfrentamento às mudanças climáticas.
Na tarde do mesmo dia, das 14h30 às 16h30, no espaço Cinema do Armazém 1A (CRIA G20), o Banco promoveu a oficina de escuta do programa BNDES Periferias, que seleciona, por chamada pública, projetos que visem à geração de trabalho e renda em comunidades e regiões periféricas. Tereza Campello e o secretário nacional de periferias do Ministério das Cidades, Guilherme Simões, estavam presentes. Na ocasião, organizações que atuam com o tema, como a Raízes em Movimento e a Providência Agroecológica, compartilharam suas experiências.
Pequena África
Na sexta-feira, 15, no Espaço Kobra, o BNDES anunciará e formalizará doações de três novos parceiros da iniciativa Viva Pequena África: Fundação Ford, Open Society Foundation e Instituto Ibirapitanga. O ato de assinatura contará com a presença do presidente do Banco, Aloizio Mercadante.
A iniciativa prevê a atuação sistêmica e conjunta de uma coalizão de organizações negras para fortalecer o território da Pequena África, na região central do Rio. O projeto busca o fortalecimento das instituições de memória africana presentes na região, com foco no território de riqueza cultural, social, arquitetônica e econômica que constroem não apenas a memória, mas também a permanência da colaboração da população negra para a identidade brasileira.
Vencedor de um processo de seleção pública para gestão e articulação da iniciativa, o consórcio formado pelo Centro de Articulação de Populações Marginalizadas (Ceap), pela PretaHub e pela Diaspora.Black, firmou contrato em agosto deste ano com o BNDES, que destina apoio não reembolsável de R$ 10 milhões à iniciativa. Na região, o Banco, como coordenador-executivo da Iniciativa Valongo, mobilizou R$ 20 milhões em 2023 para dar início às ações de requalificação do território da Pequena África.
A programação do ato começa às 14h com uma atividade ritualística de memória africana conduzida por Helena Theodoro, primeira mulher negra a concluir um doutorado em Filosofia no Brasil e Pós-doutora em História Comparada. A seguir, o Afoxé Filhos de Gandhi RJ promoverá um xirê de abertura, ocasião da ancestralidade africana que relaciona elementos, como músicas, danças e outras expressões artísticas. O encerramento será às 16h, com outra celebração ritualística, descendo as escadarias até o Boulevard Olímpico.
Visitas guiadas pela Pequena África
Durante os dias 14, 15 e 16, o Banco promoverá, em parceria com a Diaspora.Black, tours guiados gratuitos à região da Pequena África (Zona Portuária e bairros adjacentes). Ao todo serão seis saídas diárias (às 10h, 11h, 12h, 14h, 15h e 16h). O ponto de encontro será sempre o estande do BNDES na Praça Mauá e os tours estão sujeitos à lotação máxima de 20 pessoas.
Fundo Amazônia
Ainda no dia 15, das 9h às 11h, no Armazém 1A (CRIA G20), o BNDES promove oficina de escuta sobre o Fundo Amazônia, formado por doações internacionais e gerido pelo Banco, sob coordenação do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA). A apresentação vai explicar o que é o Fundo, que tipos de projetos e de instituições ele apoia e como os recursos chegam ao destino final. Instituições apoiadas, como a Organização dos Povos Indígenas do Rio Juruá (OPIRJ), o Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco de Babaçu (MIQCB) e a Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional (Fase), apresentarão suas experiências.
O BNDES atingiu neste ano a marca de R$ 882 milhões em aprovações de projetos do Fundo Amazônia. Criado em 2008, o Fundo Amazônia tem por finalidade captar doações para investimentos não reembolsáveis em ações de prevenção, monitoramento e combate ao desmatamento, e de promoção da conservação e do uso sustentável da Amazônia Legal. Também apoia o desenvolvimento de sistemas de monitoramento e controle do desmatamento no restante do Brasil e em outros países tropicais.
Desde o início das atividades, 652 organizações da sociedade civil acessaram os recursos do Fundo Amazônia, diretamente ou por meio de parceiros, beneficiando 239 mil pessoas com atividades produtivas sustentáveis e garantindo o manejo sustentável em 76 milhões de hectares de áreas de floresta. O fundo conta atualmente com cerca de R$ 2,5 bilhões. Já desembolsou mais de R$ 1,6 bilhão para 114 projetos apoiados.
Bioeconomia
No sábado, 16, das 14h30 às 16h30, no Armazém 1A (CRIA G20), o BNDES promove oficina sobre o apoio à bioeconomia. Serão apresentados dois projetos apoiados pelo Banco, destacando a história e os desafios enfrentados por esses agricultores. O BNDES também vai apresentar suas diferentes formas de apoio ao setor.
A cooperativa de crédito Cresol, uma das mais de 80 instituições parceiras do BNDES, vai apresentar a expansão do seu sistema para a Região Norte e os desafios para atender às necessidades dos cooperados na Amazônia Legal dentro de uma perspectiva de inclusão financeira e conservação da Amazônia.
Podcasts no CRIA G20
Durante a cúpula social, o BNDES fará três podcasts diretamente dos estúdios do Armazém 1A (CRIA G20). O primeiro foi na quinta-feira, 14, das 14h às 15h, abordando Fundo Clima e Cooperativismo. Na sexta-feira, 15, das 17h às 18h, o podcast gira em torno das ações do Banco no território da Pequena África e do apoio ao patrimônio histórico nacional. A série se encerra no sábado, 16, das 16h às 17h, com entrevistas de representantes de dois projetos apoiados pelo Fundo Amazônia.
Estandes no G20 Social
O Banco estará presente ainda com dois estandes montados no G20 Social. Um deles, no Espaço Kobra, é voltado ao tema da sustentabilidade ambiental e divulga a atuação do BNDES no apoio à preservação, restauração e uso sustentável da Amazônia, bem como do bioma Caatinga, com filmes em 360º que proporcionam uma experiência imersiva. No espaço, serão distribuídas cerca de 6 mil sementes de todos os biomas brasileiros, como estímulo à restauração ecológica.
O outro estande do Banco, na Praça Mauá, possui temática baseada na campanha publicitária atual do BNDES, cujo slogan é “O futuro acontece com o BNDES”. Do espaço será possível assistir às apresentações culturais que acontecerão na praça. Ele também será o ponto de saída para os tours guiados à região da Pequena África (Zona Portuária e bairros adjacentes).
Com Assessoria de Imprensa