Milei recua e Argentina assina pacto proposto por Lula no G20

A Argentina recuou e formalizou sua adesão à Aliança Contra a Fome e a Pobreza do G20. Assinatura surpreendeu a diplomacia internacional
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A adesão do país vizinho ocorreu somente após a oficialização do programa por Lula, o que ampliou o número de membros da aliança no G20. Foto: Ricardo Stuckert/PR

A Argentina, do presidente de extrema direita Javier Milei, recuou e formalizou sua adesão à Aliança Contra a Fome e a Pobreza do G20. Isso somente após o lançamento oficial do programa, ocorrido no início da cúpula do grupo, no Rio de Janeiro. A iniciativa, liderada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), já contava com 81 países signatários no momento do anúncio, além de organizações internacionais, instituições financeiras e ONGs.

Constrangimento no G20

A ausência inicial da Argentina entre os membros fundadores da aliança gerou desconforto nos bastidores diplomáticos, sendo interpretada como um possível reflexo das tensões entre o governo de Milei e os demais líderes do G20. O episódio também levantou especulações sobre o papel da Argentina na declaração final do encontro.

A adesão do país vizinho ocorreu somente após a oficialização do programa por Lula, o que ampliou o número de membros da aliança.

O lançamento do programa também contou com atraso do argentino. Milei saiu de seu hotel às 10h15, enquanto o evento estava agendado para as 10h. Apesar do atraso, ele não foi o último a chegar; o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, foi o último a se juntar aos líderes presentes.

Compromissos no G20

A Aliança Contra a Fome e a Pobreza busca mobilizar recursos e compromissos para combater esses problemas globalmente. A maioria dos países participantes se comprometeu a implementar políticas nacionais de redução da fome e da pobreza. Alguns, como a Noruega, também se comprometeram a fornecer recursos financeiros para ajudar países em desenvolvimento a atingir essas metas.

A adesão à aliança foi amplamente elogiada, mas destacou as divergências entre os membros do G20 em relação à abordagem de temas globais urgentes. A entrada tardia da Argentina foi interpretada como um movimento político para evitar isolamento no cenário internacional, em um momento em que o governo Milei enfrenta críticas por posições contrárias a outras iniciativas multilaterais, como a Agenda 2030 da ONU.

Liderança brasileira no G20

O programa reforça a liderança do Brasil no G20, com Lula promovendo iniciativas voltadas para a redução das desigualdades globais e o fortalecimento da cooperação internacional. A Aliança Contra a Fome e a Pobreza representa um dos principais legados da presidência brasileira no bloco, colocando a agenda social como uma prioridade no debate global.

Apesar dos contratempos, o lançamento foi considerado um sucesso diplomático.ordenada para enfrentar os desafios mais urgentes do mundo.

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