Israel matou mais de 200 crianças no Líbano em dois meses

Ações do exército sionista de Israel amplia rastro de crianças assassinadas. "O intolerável está silenciosamente se transformando em aceitável"
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"Mortes são recebidas com inércia por aqueles capazes de parar essa violência", afirma membro da Unicef sobre violência de Israel. Foto: AlJazeera

Mais de 200 crianças foram assassinadas e outras 1.100 ficaram feridas no Líbano nos últimos dois meses, segundo dados divulgados nesta hoje (19) pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). As vítimas da violência do Estado de Israel somam-se às mais de 40 mil mortes de civis, maioria crianças e mulheres, resultados da ação sionista na Faixa de Gaza. A declaração vem em meio a uma escalada violência no país do Levante desde setembro.

“Apesar de mais de 200 crianças mortas no Líbano em menos de dois meses, um padrão desconcertante surgiu: suas mortes são recebidas com inércia por aqueles capazes de parar essa violência”, afirmou James Elder, porta-voz do Unicef, durante uma coletiva de imprensa em Genebra. “Para as crianças do Líbano, tornou-se uma normalização silenciosa do horror.”

Elder destacou que o impacto sobre as crianças é evidente para qualquer um que acompanhe a mídia. Ele também traçou paralelos entre a situação no Líbano e em Gaza, onde ataques que duram 13 meses de Israel já deixaram mais de 43 mil mortos.

No Líbano, os combates se intensificaram no último ano, mas atingiram níveis críticos após o aumento das tensões entre Israel e o grupo Hezbollah, apoiado pelo Irã. Essa escalada transformou o país em mais um palco de tragédias humanitárias.

Crianças na mira de Israel

Frente ao cenário devastador, o Unicef intensificou seus esforços. A organização tem oferecido apoio psicossocial, suprimentos médicos, refeições e kits de dormir para centenas de milhares de crianças deslocadas pela violência. “No Líbano, muito parecido com o que acontece em Gaza, o intolerável está silenciosamente se transformando em aceitável”, afirmou Elder.

As palavras do porta-voz ressaltam uma crescente apatia internacional diante do sofrimento das crianças nas zonas de conflito. Enquanto a comunidade global hesita em agir, a infância de milhares de jovens está sendo apagada em meio à destruição e à violência.

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