Jair Bolsonaro, Augusto Heleno, Braga Netto, Alexandre Ramagem, Anderson Torres, Valdemar Costa Neto, entre outros do núcleo bolsonarista foram indiciados hoje (21) pela Polícia Federal (PF) por tentativa de golpe de estado, abolição violenta do Estado de Direito e organização criminosa. A organização, inclusive, pode estar envolvida na tentativa de assassinar Lula, Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes em 2022.
Além disso, pesam sobre eles a organização intelectual da tentativa de golpe do dia 8 de janeiro de 2026. Naquela data, bolsonaristas invadiram Brasília e destruíram a sede dos poderes. O motivo era tentar emplacar um golpe de Estado para manter Bolsonaro e membros do Exército no poder, contra a democracia.
Esta é a primeira vez que um presidente eleito em período democrático é indiciado por tramar contra as instituições do Estado. As provas são fartas e robustas. Elas foram coletadas durante dois anos de investigações.
Confira a lista completa dos indiciados
- AILTON GONÇALVES MORAES BARROS
- ALEXANDRE CASTILHO BITENCOURT DA SILVA
- ALEXANDRE RODRIGUES RAMAGEM
- ALMIR GARNIER SANTOS
- AMAURI FERES SAAD
- ANDERSON GUSTAVO TORRES
- ANDERSON LIMA DE MOURA
- ANGELO MARTINS DENICOLI
- AUGUSTO HELENO RIBEIRO PEREIRA
- BERNARDO ROMAO CORREA NETTO
- CARLOS CESAR MORETZSOHN ROCHA
- CARLOS GIOVANI DELEVATI PASINI
- CLEVERSON NEY MAGALHÃES
- ESTEVAM CALS THEOPHILO GASPAR DE OLIVEIRA
- FABRÍCIO MOREIRA DE BASTOS
- FILIPE GARCIA MARTINS
- FERNANDO CERIMEDO
- GIANCARLO GOMES RODRIGUES
- GUILHERME MARQUES DE ALMEIDA
- HÉLIO FERREIRA LIMA
- JAIR MESSIAS BOLSONARO
- JOSÉ EDUARDO DE OLIVEIRA E SILVA
- LAERCIO VERGILIO
- MARCELO BORMEVET
- MARCELO COSTA CÂMARA
- MARIO FERNANDES
- MAURO CESAR BARBOSA CID
- NILTON DINIZ RODRIGUES
- PAULO RENATO DE OLIVEIRA FIGUEIREDO FILHO
- PAULO SÉRGIO NOGUEIRA DE OLIVEIRA
- RAFAEL MARTINS DE OLIVEIRA
- RONALD FERREIRA DE ARAUJO JUNIOR
- SERGIO RICARDO CAVALIERE DE MEDEIROS
- TÉRCIO ARNAUD TOMAZ
- VALDEMAR COSTA NETO
- WALTER SOUZA BRAGA NETTO
- WLADIMIR MATOS SOARES
Agora cabe à Procuradoria Geral da República (PGR) denunciar ou não os indiciados ao Supremo. Caso a Corte aceite a denúncia, Bolsonaro e os outros se tornarão réus e serão julgados pelos crimes referentes à tentativa de golpe de Estado.
- Vídeo: Bolsonaro indiciado. O que acontece agora?
Em nota oficial, a PF disse que “as provas foram obtidas por meio de diversas diligências policiais realizadas ao longo de quase dois anos, com base em quebra de sigilos telemático, telefônico, bancário, fiscal, colaboração premiada, buscas e apreensões, entre outras medidas devidamente autorizadas pelo poder Judiciário”.
Enquanto Mauro Cid depõe ao STF, Bolsonaro é indiciado pela PF
Polícia Federal indicia Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado; no total, 37 pessoas foram indiciadas por tentativa de abolição violenta do estado democrático de direito e organização criminosa; entre elas Bolsonaro e integrantes da alta cúpula do governo por abolição violenta do Estado democrático de Direito.
Segundo o relatório, Bolsonaro sabia dos planos de assassinar o então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, Geraldo Alckmin e o ministro do STF, Alexandre de Moraes.
Agora cabe à Procuradoria Geral da República (PGR) denunciar ou não os indiciados ao Supremo. Caso a Corte aceite a denúncia, Bolsonaro e os outros se tornarão réus e serão julgados pelos crimes referentes à tentativa de golpe de Estado.
Em nota oficial, a PF disse que “as provas foram obtidas por meio de diversas diligências policiais realizadas ao longo de quase dois anos, com base em quebra de sigilos telemático, telefônico, bancário, fiscal, colaboração premiada, buscas e apreensões, entre outras medidas devidamente autorizadas pelo poder Judiciário”.
Mauro Cid no centro das investigações
Na última terça-feira (19), Mauro Cid depôs à PF negando ter conhecimento de qualquer plano para um golpe de Estado que previa matar Lula, Alckmin e Moraes, em dezembro de 2022. Na mesma data, quatro militares (o general de brigada da reserva Mario Fernandes, o tenente-coronel Helio Ferreira Lima, o major Rodrigo Bezerra Azevedo e o major Rafael Martins de Oliveira) e um agente da PF foram presos acusados de planejarem o ataque golpista e homicida intitulado “Punhal Verde e Amarelo”.