Na última segunda-feira (2), a Procuradoria-Geral da República (PGR) encaminhou ao Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos (GCAA), o pedido de extinção do Partido Liberal (PL) feito pelo deputado federal André Janones (Avante-MG).
A petição do deputado se baseia no histórico de ataques e ameaças à democracia cometidos por políticos ligados à sigla. Janones cita no documento o atentado em 13 de novembro de 2024, de autoria do filiado ao PL e ex-candidato a vereador Francisco Wanderley Luiz, que detonou explosivos em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), além dos acampamentos financiados pelo partido que serviram de suporte para os atos golpistas de janeiro de 2023.
O pedido de Janones foi realizado em 14 de novembro, uma semana antes da divulgação do relatório da PF sobre o plano golpista que previa o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, seu vice Geraldo Alckmin e do ministro do STF Alexandre de Moraes. Entre os investigados, destacam-se Bolsonaro, presidente de honra do PL, e Valdemar Costa Neto, presidente nacional do PL.
O texto reforça o “papel central do Partido Liberal como catalisador de práticas que corroem a ordem democrática e incentivam a radicalização”, demonstrando o apoio do PL a “discursos de descrédito institucional”, que culminam em atos de violência contra o Estado.
O GCAA, que apurou os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, também será responsável por analisar o relatório da PF que pede o indiciamento de Bolsonaro e mais 36 pessoas.