A ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania, Macaé Evaristo, participou hoje (10) de um café da manhã em Brasília com o humanista espanhol Rafael de La Rubia. O pensador criou a Marcha Mundial pela Paz e Não-Violência. O encontro marca a celebração do Dia Internacional dos Direitos Humanos e reforça a necessidade de promover uma cultura pacifista no Brasil e no mundo.
De La Rubia, que atua há mais de 50 anos como ativista pela não-violência, é fundador da associação Mundo Sem Guerras e Violência e do Fórum Humanista de Educação, com forte atuação na América Latina e na Espanha. Atualmente, ele lidera a terceira edição da Marcha Mundial pela Paz, que começou em 2 de outubro de 2024, na Costa Rica, e percorrerá diversos países antes de encerrar em 5 de janeiro de 2025.
Durante o encontro, Macaé Evaristo compartilhou iniciativas alinhadas aos princípios de paz e convivência. A ministra destacou o programa Rede Pela Paz, desenvolvido em Minas Gerais, como exemplo prático de construção de uma cultura pacifista. “A gente desenvolveu um programa amplo com as escolas públicas de Belo Horizonte chamado Rede Pela Paz, exatamente para promover essa cultura de paz, da não-violência, de cultivar princípios de vida em comum”, afirmou.
Diversidade e Direitos Humanos
Macaé também ressaltou a importância do momento para o Brasil, país historicamente marcado pela diversidade cultural e pelos desafios de convivência. “É fundamental conscientizarmos as pessoas da necessidade de construção de uma cultura de paz, de um mundo em que se respeite a pluralidade das pessoas, dos sujeitos, das ideias, e de a gente produzir, cada vez mais, confluências”, enfatizou.
A psicóloga e apresentadora Maria Paula Fidalgo, que também participou do evento, reforçou o caráter essencial de adotar o pacifismo em todas as esferas. “Não faz sentido termos avanços através da violência ou da opressão. O que a gente quer é ter avanços através de movimentos pacíficos, respeitosos, com ética no centro do discurso”, declarou.
A Marcha Mundial pela Paz no Brasil
Nesta terceira edição da Marcha Mundial, três cidades brasileiras receberam atividades relacionadas ao movimento: Maricá (RJ), Brasília (DF) e Curitiba (PR). Para Rafael de La Rubia, a iniciativa transcende a militância e se torna uma questão de sobrevivência da espécie humana. “É a única saída que há, hoje, para a humanidade. Como dizia Einstein: ‘Não sei como será a terceira guerra mundial, mas poderei vos dizer como será a quarta: com paus e pedras’”, alertou o ativista.
O evento desta terça-feira reforçou o papel das lideranças brasileiras no fomento a políticas de não-violência e respeito aos direitos humanos. O encontro, que reuniu autoridades, ativistas e artistas, serviu como ponto de reflexão e inspiração para fortalecer a luta por uma sociedade mais ética e pacífica.