O volume de serviços no Brasil cresceu 1,1% no mês de outubro em comparação a setembro, na série com ajuste sazonal. Dessa forma, o setor atinge novo recorde da série histórica e está 17,8% acima do nível pré-pandemia (fevereiro de 2020). Setor de transportes teve o principal crescimento, com destaque ao aéreo que subiu mais de 27%.
O acumulado no ano chegou a 3,2% frente a igual período de 2023 e o acumulado em doze meses avançou 2,7%, maior taxa desde fevereiro de 2024 (2,8%).
De setembro para outubro de 2024, o crescimento em volume (1,1%) foi acompanhado por duas das cinco atividades investigadas, com destaque para o setor de transportes (4,1%), que mostrou expansão em todos os modais: terrestre (1,6%), aquaviário (0,7%), aéreo (27,1%) e armazenagem, serviços auxiliares dos transportes e correio (2,6%).
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A outra expansão veio de profissionais, administrativos e complementares (1,6%), segundo resultado positivo seguido, com ganho acumulado de 3,0%.
Em contrapartida, informação e comunicação (-1,0%); outros serviços (-1,4%) e trabalhos prestados às famílias (-0,1%) registraram queda no mês de outubro.
A média móvel trimestral para o volume do setor foi de 0,6% no trimestre encerrado em outubro de 2024 frente ao nível do mês anterior. Ainda na série com ajuste sazonal, houve altas em três dos cinco setores investigados: transportes (1,6%), profissionais, administrativos e complementares (1,0%) e trabalhos prestados às famílias (0,3%).
Já informação e comunicação (-0,4%) e outros serviços (-0,2%) registraram as retrações do mês.
Em relação a outubro de 2023, o volume do setor cresceu 6,3%, sétimo resultado positivo seguido. O avanço deste mês foi acompanhado por todas as cinco atividades de divulgação e contou ainda com crescimento em 63,9% dos 166 tipos de serviços investigados.
Entre os setores, o de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (6,8%) exerceu o principal impacto positivo, impulsionado, principalmente, pelo aumento da receita em transporte aéreo; rodoviário coletivo de passageiros; gestão de portos e terminais; armazenamento; e transporte ferroviário de cargas.
Os demais avanços vieram dos serviços profissionais, administrativos e complementares (7,4%); de informação e comunicação (6,7%); dos prestados às famílias (5,0%) e dos outros serviços (2,3%), explicados, em grande parte, pela maior receita vinda de:
Atividades jurídicas; agenciamento de espaços de publicidade; intermediação de negócios em geral por meio de aplicativos ou de plataformas de e-commerce; e organização, promoção e gestão de feiras, congressos, convenções, no primeiro ramo; de telecomunicações; portais, provedores de conteúdo e outros serviços de informação na Internet; desenvolvimento e licenciamento de softwares; desenvolvimento de programas de computador sob encomenda; e suporte técnico, manutenção e outros serviços em tecnologia da informação, no segundo; de restaurantes; de bufê; e espetáculos teatrais e musicais, no terceiro; e de corretoras de títulos e valores mobiliários; coleta de resíduos não perigosos de origem doméstica, urbana e industrial; atividades imobiliárias; e manutenção e reparação de veículos automotores, no último.
No acumulado no ano, frente a igual período de 2023, o setor cresceu 3,2%, com altas em quatro das cinco atividades de divulgação e em 62,0% dos 166 tipos de serviços investigados.
As contribuições positivas mais importantes vieram dos ramos de serviços profissionais, administrativos e complementares (7,4%) e de informação e comunicação (6,2%), impulsionados pelo aumento das receitas nos segmentos de agenciamento de espaços de publicidade; atividades jurídicas; e intermediação de negócios em geral por meio de aplicativos ou de plataformas de e-commerce, no primeiro setor; e de telecomunicações; portais, provedores de conteúdo e outros serviços de informação na Internet; e desenvolvimento e licenciamento de softwares, no último.
Os demais avanços vieram dos trabalhos prestados às famílias (4,6%); e dos outros serviços (2,2%), explicados, principalmente, pelo aumento na receita de restaurantes; de bufê; espetáculos teatrais e musicais; e hotéis, na primeira atividade; e de corretoras de títulos e de valores mobiliários; coleta de resíduos não perigosos de origem doméstica, urbana ou industrial; administração de cartões de crédito; atividades imobiliárias; e seguros, previdência complementar e planos de saúde, na segunda.
A única influência negativa veio dos transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-1,3%), pressionados pela menor receita vinda de rodoviário de cargas; gestão de portos e terminais; e transporte aéreo.
Por IBGE