O Brasil pretende sugerir na COP 30 que critérios de diversidade racial e de gênero sejam adotados globalmente para definir investimentos em projetos de sustentabilidade. A iniciativa faz parte da estratégia de transformação ecológica do país.
De acordo com a subsecretária de Desenvolvimento Econômico Sustentável da Fazenda, Cristina Reis, os objetivos do governo brasileiro não mudam com o retorno de Donald Trump à Presidência dos Estados Unidos. “Esse alinhamento internacional… sofre derrotas locais, no tempo e no espaço, mas tem um direcionamento comum que eu acho que continua porque a gente tem um problema objetivo que compromete a vida, que é a mudança climática”, disse Cristina em entrevista à Reuters.
Com a ideia sendo implementada, uma empresa que busca crédito para colocar projetos sustentáveis em prática passará por uma análise acerca da representatividade de raça e gênero dentro da companhia, da governança e colaboradores até seus fornecedores. Recebendo uma análise positiva, a empresa terá um melhor acesso a crédito e juros mais baixos.
O Brasil vem desenvolvendo um plano de taxonomia nacional com base em uma consulta pública aberta até março. A intenção é criar um sistema que classifique setores e projetos sustentáveis a fim de impulsionar investimentos no país.
COP 30 no Brasil
Realizado anualmente, a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas é um encontro global entre líderes mundiais, cientistas e organizações governamentais e da sociedade civil que discutem ações para combater a crise climática.
Em novembro de 2025, a cidade de Belém, no Pará, sediará a 30ª edição da conferência, com a presença de mais de 60 mil pessoas em uma oportunidade histórica para o Brasil representar sua liderança nas negociações do enfrentamento às mudanças climáticas.