Produção industrial acumula 2,8% de crescimento em 12 meses

Na comparação com janeiro de 2024, houve um crescimento de 1,4%, marcando o oitavo resultado positivo consecutivo das indústrias
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Três das quatro grandes categorias econômicas e 18 dos 25 ramos industriais pesquisados registraram taxas positivas. Foto: Arquivo/EBC

Em janeiro de 2025, a produção industrial nacional apresentou variação nula (0,0%) em relação a dezembro de 2024, conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) hoje (11). Este resultado interrompe uma sequência de três meses consecutivos de quedas, período em que o setor acumulou uma retração de 1,2%.

Na comparação com janeiro de 2024, houve um crescimento de 1,4%, marcando o oitavo resultado positivo consecutivo nesse tipo de comparação. No acumulado dos últimos 12 meses, a indústria registrou alta de 2,9%, embora tenha havido uma desaceleração no ritmo de crescimento em relação aos meses anteriores.

Por setor industrial

A estabilidade observada na passagem de dezembro de 2024 para janeiro de 2025 reflete um comportamento heterogêneo entre os setores industriais. Três das quatro grandes categorias econômicas e 18 dos 25 ramos industriais pesquisados registraram taxas positivas. Entre as atividades com maior influência positiva destacam-se:

  • Máquinas e equipamentos: crescimento de 6,9%, recuperando a queda de 2,1% verificada em dezembro de 2024.
  • Veículos automotores, reboques e carrocerias: avanço de 3,0%, após uma retração acumulada de 13,2% nos dois últimos meses de 2024.
  • Produtos de borracha e de material plástico: aumento de 3,7%.
  • Artefatos de couro, artigos para viagem e calçados: expansão de 9,3%.
  • Produtos farmoquímicos e farmacêuticos: alta de 4,8%.
  • Produtos diversos: crescimento de 10,0%.
  • Máquinas, aparelhos e materiais elétricos: elevação de 4,3%.
  • Móveis: incremento de 6,8%.
  • Manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos: aumento de 5,0%.
  • Produtos alimentícios: leve crescimento de 0,4%.

Por outro lado, seis atividades registraram redução na produção, com destaque para:

  • Indústrias extrativas: queda de 2,4%, interrompendo dois meses consecutivos de crescimento.
  • Coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis: recuo de 1,1%.
  • Celulose, papel e produtos de papel: diminuição de 3,2%.
  • Confecção de artigos do vestuário e acessórios: redução de 4,7%.

Categorias econômicas

Entre as grandes categorias econômicas, os resultados de janeiro de 2025 foram os seguintes:

  • Bens de capital: crescimento de 4,5%, interrompendo dois meses consecutivos de queda, período em que acumulou perda de 4,1%.
  • Bens de consumo duráveis: alta de 4,4%, após retração de 4,3% nos dois meses anteriores.
  • Bens de consumo semi e não duráveis: expansão de 3,1%, sucedendo uma queda acumulada de 5,5% nos três últimos meses de 2024.
  • Bens intermediários: única categoria com resultado negativo, registrando recuo de 1,4%, eliminando o avanço de 0,5% verificado no mês anterior.

Média móvel trimestral

O índice de média móvel trimestral para o total da indústria mostrou variação negativa de 0,3% no trimestre encerrado em janeiro de 2025, frente ao nível do mês anterior, após também registrar perda em dezembro de 2024 (-0,2%).

Os dados refletem um cenário de estabilidade na produção industrial brasileira em janeiro de 2025, com setores apresentando desempenhos divergentes e uma leve desaceleração no ritmo de crescimento anual.

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