7 de abril é o Dia Nacional de Combate ao Bullying. Entenda a importância na TVT News

Mais de 10% dos estudantes brasileiros foram vítimas de algum tipo de violência escolar no último ano. Bullying é assunto sério
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Apesar da existência de leis que tratam do problema — como o Estatuto da Criança e do Adolescente e o próprio Código Penal — o bullying segue realidade cotidiana. Marcelo Camargo/Agência Brasil

Hoje, 7 de abril, é memorado o Dia Nacional de Combate ao Bullying e à Violência na Escola, em um cenário alarmante: mais de 10% dos estudantes brasileiros foram vítimas de algum tipo de violência escolar no último ano. Isso representa mais de 6,5 milhões de crianças e adolescentes afetados por práticas como o bullying e o cyberbullying – números que podem ser ainda maiores, considerando os inúmeros casos silenciados por medo ou intimidação. Saiba mais na TVT News.

Bullying: Violência invisível

Apesar da existência de leis que tratam do problema — como o Estatuto da Criança e do Adolescente e o próprio Código Penal — o bullying segue realidade cotidiana. Em 2023, o crime passou a ser tipificado pelo artigo 146-A do Código Penal como intimidação sistemática, podendo ser praticado por meio de violência física, psicológica, verbal ou virtual. A pena para casos de cyberbullying pode chegar a quatro anos de reclusão, além de multa.

Entre os mais afetados, estão bolsistas, meninas e jovens LGBTQIAPN+, que muitas vezes enfrentam ambientes escolares pouco preparados — ou até hostis — para lidar com o preconceito e a discriminação. Há escolas em que a violência é naturalizada e, em alguns casos, enraizada na própria cultura institucional.


Entendendo o Bullying

“O bullying é um tipo de violência persistente. Não é uma situação de violência que acontece uma vez e se esgota. É um tipo de violência que tende a ser persistente no tempo e tende a ser recorrente. Geralmente é aquela situação em que, por exemplo, um aluno ou um adolescente na escola fica sistematicamente e frequentemente sendo alvo desse tipo de violência”, explica Maria Fernanda Tourinho Peres, professora do Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e coordenadora do Laboratório Interdisciplinar de Estudos sobre Violência e Saúde (Lieves).


Uma questão de saúde mental

Já a data surge como um chamado à ação para educadores, famílias e gestores escolares. Em resposta à urgência do tema, entidades estão organizadas para debater o tema. Entre elas, o Instituto Ame Sua Mente e a Plataforma Semente. Eles promovem, às 19h da segunda-feira, uma live. Com o tema “Escola segura: o papel das famílias e educadores na prevenção ao bullying”, a transmissão contará com a presença da psicóloga Ana Carolina D’Agostini e do psiquiatra Gustavo Estanislau. O objetivo é discutir como a escola e a família podem atuar conjuntamente na prevenção e no enfrentamento da violência escolar.

Além dos aspectos legais, especialistas destacam os impactos do bullying na saúde mental e emocional dos jovens. “Estamos falando de sofrimento real, que afeta o rendimento escolar, a autoestima e pode gerar quadros graves de depressão e ansiedade”, afirma Ana Carolina D’Agostini. “O enfrentamento do bullying começa com o reconhecimento do problema e com a construção de uma cultura escolar que valorize o respeito e a empatia”, ressalta o psiquiatra Gustavo Estanislau, que também participa da live.

A data de 7 de abril é, acima de tudo, um convite à reflexão. Pais, professores, coordenadores, diretores e alunos têm papéis complementares na construção de ambientes escolares seguros. O combate ao bullying não é uma tarefa individual, mas um compromisso coletivo com o bem-estar e a dignidade de crianças e adolescentes.

Assunto em alta

A expectativa é de que, por meio da conscientização e do fortalecimento de políticas públicas e educacionais, seja possível transformar a escola em um espaço verdadeiramente inclusivo, acolhedor e livre de violências.

O impacto do bullying ultrapassa os muros da escola e vem sendo retratado em obras como a série Adolescência, da Netflix. A produção aborda, com sensibilidade e profundidade, os desafios enfrentados por jovens em fase escolar, incluindo a violência psicológica, a exclusão social e os efeitos do cyberbullying. Ao conectar realidade e ficção, a série ajuda a ampliar o debate e promove a empatia — um passo essencial para a construção de uma cultura de respeito entre adolescentes. Fica a dica de reflexão, consciência e debate da TVT News.

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