Em meio às comemorações do 1º de maio, Dia do Trabalhador, direto do Paço Municipal de São Bernardo do Campo, a presidenta da Contraf-CUT e coordenadora do Comando Nacional dos Bancários, Juvandia Moreira, defendeu a redução da jornada de trabalho e o fim da escala 6×1.
Ela destacou que tais demandas – a redução da jornada de trabalho e o fim da escala 6×1 fazem parte da Pauta da Classe Trabalhadora, entregue ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelas centrais sindicais nesta semana. Segundo Juvandia, são as mulheres, que enfrentam dupla e tripla jornadas, as principais prejudicadas pela extensão do carga de trabalho e pela escala injusta.
“Ninguém aguenta trabalhar seis dias na semana, e folgar só um. A gente tem que cuidar da família. As mulheres, em especial, sofrem mais com essa escala. Mas para isso tem que reduzir a jornada. Hoje a jornada legal é de 44 horas semanais, é muito grande. Tem que ter redução para poder viabilizar o fim da jornada 6×1”, disse Juvandia, em entrevista à repórter Girrana Rodrigues, da TVT News.
Ela destaca que, tanto a redução da jornada como o fim da escala 6×1 não dependem da vontade do governo federal, pois necessitam de aprovação do Congresso Nacional. Nesse sentido, é necessário pressão popular para que tais pautas avancem. “As mulheres têm que entrar nessa mobilização. Tem que entrar, porque nós sofremos mais, nós trabalhamos mais. Nós temos mais o que reivindicar, então temos muito o que lutar”, ressaltou.

Juvandia ainda destacou outras pautas relativas à justiça tributária, também em discussão no Legislativo. “Nós, bancários, estamos nessa pauta da redução da jornada. E também da Justiça Tributária, que é a isenção do Imposto de Renda na PLR, isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil. Isso também passa pelo Congresso e também precisa de muita mobilização. E fazer o andar de cima pagar imposto, porque eles não pagam. Esse é o grande mote do 1º de maio”.
1º de maio e mulheres: igualdade salarial
Outra pauta fundamental para as mulheres trabalhadoras, segundo a presidenta do Instituto Lula e da CUT-São Paulo, Ivone Silva é o cumprimento da Igualdade Salarial, que estabelece a obrigatoriedade de empresas com 100 ou mais funcionários publicarem relatórios de transparência salarial para garantir a igualdade de remuneração entre homens e mulheres em cargos idênticos.
“Deveriam estar cumprindo a lei. Mas infelizmente, várias empresas ainda descumprem, boicotam. A gente está brigando pela questão da igualdade. E as mulheres negras são as que menos recebem na pirâmide. Ou seja, o homem branco está lá no topo, e as mulheres negras, estamos lá embaixo”, frisou Ivone, direto do 1º de maio no ABC, organizado por 23 sindicatos de diversas categorias, ligados à CUT.
Veja outras notícias sobre Dia do Trabalhador com a TVT News
- Primeiro de maio: comemore o Dia do Trabalhador e da Trabalhadora
- Veja o pronunciamento do Primeiro de Maio do Presidente Lula
- 1º de Maio no Brasil: história de lutas, conquistas e resistência da classe trabalhadora
- “Estamos ao lado dos trabalhadores”, diz ministro do governo Lula
- Lula recebe centrais sindicais, após Marcha Nacional da Classe Trabalhadora
- Em 2024, renda do trabalho faz Brasil ter queda histórica da desigualdade social
- Governo Lula vê com simpatia redução de jornada de trabalho, diz ministro
As notícias mais lidas da TVT News
Veja quais são as notícias mais lidas do último mês na TVT News
- Nova fábrica da Toyota vai gerar 12 mil empregos
- Copa do Mundo 2026: quais são os países classificados?
- Dinheiro esquecido do PIS/Pasep: começa prazo para saque
- Veja lista completa dos Oscars 2025
- Empréstimo consignado para CLT’s e MEI’s já começou a valer
- Crédito consignado para CLT: confira as regras
- Estreia Jornal TVT News Primeira Edição
- 21 de abril, Dia de Tiradentes: a construção do herói nacional
- Veja como foram os últimos dias do Papa Francisco