Faltando poucos dias para o início do conclave que escolherá o sucessor do papa Francisco, o Vaticano concluiu nesta sexta-feira (2) a instalação da tradicional chaminé na Capela Sistina. O tubo metálico, fixado sobre o telhado da capela, será responsável por indicar ao mundo, por meio da fumaça branca ou preta, o resultado das votações realizadas pelos cardeais eleitores. Veja mais notícias do conclave com a TVT News.
Com início no dia 7 de maio, o conclave começará com uma missa chamada Pro Eligendo Romano Pontifice (“Pela eleição do Pontífice Romano”, em português) na Basílica de São Pedro, após o final da Novendiales, período de luto de nove dias decretado devido ao falecimento do papa Francisco.
Como é o ritual da fumaça na Capela Sistina que indica o novo Papa
O ritual da fumata remonta a séculos de tradição da Igreja Católica e é um dos momentos mais simbólicos e acompanhados por fiéis e curiosos de todo o mundo. A fumaça branca indica que um novo papa foi escolhido com pelo menos dois terços dos votos dos cardeais presentes. Já a fumaça preta significa que ainda não houve consenso.
A instalação da chaminé marca uma das últimas etapas logísticas antes do início do conclave. Nos últimos dias, a Capela Sistina passou por uma série de preparações: foram verificados os sistemas de segurança, os dispositivos de bloqueio de comunicação — para garantir sigilo absoluto durante as votações — e os espaços foram adaptados para receber os 120 cardeais eleitores de diferentes partes do mundo.
Segundo comunicado do Vaticano, a chaminé foi testada nesta sexta-feira (2) sem a emissão de fumaça, apenas para assegurar seu funcionamento adequado. O tubo metálico é conectado a uma fornalha dentro da Capela Sistina, onde os votos em papel são queimados após cada rodada de votação. A fumaça resultante sobe pelo tubo e se torna visível ao público reunido na Praça São Pedro.
Em votações anteriores, a cor da fumaça nem sempre foi clara de imediato, gerando confusão entre os fiéis. Para evitar isso, desde 2005 o Vaticano adiciona produtos químicos à queima dos votos: uma mistura que produz fumaça branca em caso de eleição ou preta quando não há decisão.

O conclave será realizado após a renúncia do papa anterior, cujo nome não foi revelado no comunicado oficial, mas que teria deixado o cargo por motivos de saúde. A expectativa é de que o novo pontífice seja escolhido em poucos dias, embora o processo possa se estender caso não haja consenso rápido entre os cardeais.
Durante o conclave, os cardeais se reúnem em absoluto sigilo e realizam até quatro votações por dia — duas pela manhã e duas à tarde. Após cada rodada, os votos são queimados na fornalha conectada à chaminé. A eleição só é concluída quando um nome obtiver o apoio de pelo menos dois terços dos eleitores.

O Vaticano reforçou a segurança nos arredores da Praça São Pedro e espera grande concentração de fiéis e turistas nos dias do conclave. Milhares de pessoas devem acompanhar diariamente a fumaça da chaminé, na expectativa do anúncio do novo líder da Igreja Católica.
A última vez que a fumaça branca surgiu foi em março de 2013, quando o argentino Jorge Mario Bergoglio foi escolhido como o papa Francisco, o primeiro líder latino-americano da Igreja Católica. Agora, o mundo aguarda mais uma vez a fumaça que anunciará o próximo sucessor de São Pedro.
Brasileiros no conclave
Dos 120 cardeais que participam da eleição secreta do novo papa, sete são brasileiros. O país é o terceiro em representatividade no colégio de cardeais, atrás apenas dos Estados Unidos e da Itália. Eles não apenas votarão na escolha do novo papa, como poderão inclusive ser o escolhido para comandar a Igreja Católica no próximo período. Dom Sérgio da Rocha, atual arcebispo de Salvador, é apontado como o brasileiro com mais chances na disputa.