Lady Gaga reúne 2,1 milhões de fãs em Copacabana e entra pra história

Show de Lady Gaga no Rio de Janeiro no último sábado (3) consagrou artista como uma das maiores divas pop da atualidade de uma vez por todas
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Lady Gaga durante discurso na noite de sábado (3), em Copacabana, no Rio. Foto: Reprodução/X

A noite do último sábado (3) ficará marcada na carreira de Lady Gaga e na história do Rio de Janeiro para sempre. Uma multidão impressionante de cerca de 2,1 milhões de pessoas, segundo dados da Riotur, lotou as areias da Praia de Copacabana para vibrar com o espetáculo de uma das maiores divas da música pop. O número, que ultrapassou o público do show de Madonna no ano passado, consolidou o retorno triunfal da cantora ao Brasil após uma longa ausência de quase 13 anos. Veja mais sobre Lady Gaga no Rio com a TVT News.

Impulsionada por um clima favorável, de muito sol e céu limpo durante o dia, a legião de admiradores da artista começou a se concentrar na orla carioca horas antes do show, ansiosa para acompanhar de perto a turnê do novo álbum Mayhem. A apresentação foi concebida em cinco atos, repletos de referências à trajetória de Gaga com trocas de figurino elaboradas em uma grande atmosfera teatral.

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Gaga com um de seus figurinos do show de 3 de maio. Foto: Lady Gaga/Instagram

Como foi o show de Lady Gaga em Copacabana

A noite teve início com a performance da cantora e drag queen Pabllo Vittar, que assumiu as picapes como DJ e tocou remixes de sucessos nacionais e internacionais. A apresentação foi recebida com animação pelo público, que demonstrava ansiedade para a atração principal.

No primeiro ato, Of Velvet and Vice (De Veludo e Vício), Lady Gaga abriu seu show com Bloody Mary, de seu terceiro álbum, Born This Way, que se tornou um fenômeno no TikTok nos últimos tempos. Seguida de Abracadabra, Judas, Scheiße e Garden of Eden. Em Poker Face, Gaga entrou em uma batalha de dança com si mesma, representando um embate entre suas eras.

No ato II, And She Fell Into a Gothic Dream (E Ela Caiu em um Sonho Gótico), foi a vez das canções Perfect Celebrity, Disease, Paparazzi, Alejandro e The Beast. Durante essa parte, a cantora expressou sua gratidão ao público brasileiro com uma carta lida por ela e traduzida com auxílio de um fã.

Relembrando o cancelamento de seu show no Rock in Rio 2017, por conta das fortes dores causadas pela fibromialgia, Gaga garantiu que faria uma de suas melhores performances: “Hoje à noite, eu vou dar tudo de mim. Vamos fazer deste o show mais incrível que já compartilhamos. Vamos fazer com que cada segundo de espera tenha valido a pena. Eu amava vocês dez anos atrás. E eu amo vocês esta noite. Obrigada, Brasil. Eu amo vocês para sempre”, exclamou com emoção.

Já no ato III, The Beautiful Nightmare That Knows Her Name (O Lindo Pesadelo Que Sabe Seu Nome), a estrela trouxe mais hits do novo disco. Killah, Zombieboy, How Bad Do U Want Me e Die With a Smile, composição em parceria com Bruno Mars, foram permeadas por trocas de figurino e danças altamente elaboradas.

To Wake Her is to Lose Her (Acordá-la é perdê-la), o ato IV, marcou a presença de Shadow of a Man, Born This Way, Blade of Grass, Vanish Into You e Shallow, com direito à Lady Gaga no piano e a multidão cantando em uníssono.

O finale do show, o último ato Eternal Aria of the Monster Heart (Melodia Eterna do Coração Monstro), ficou para Bad Romance, sucesso de 2009 que consagrou Gaga. A noite se encerrou com uma queima de fogos assistida pelos fãs em companhia de uma emocionada e radiante Mother Monster.

Um espetáculo a parte: os little monsters

A devoção dos fãs de Lady Gaga, os little monsters, foi perceptível por todo o evento, se tornando um espetáculo a parte: boa parte deles esperaram a cantora desde quinta-feira na janela do Copacabana Palace, onde estava hospedada, cantando suas músicas da manhã até ao anoitecer como foi lembrado por Gaga, enquanto discursava na esperança de um breve contato com a ídola. Dos looks originais e inspirados nas diversas eras da cantora à sincronizada “bateção de leques”, acessório que acompanhava praticamente todos os fãs e que serviu como um instrumento musical inusitado em diversos momentos do show, finalmente os little monsters se recuperaram e não estão mais devastados.

Expectativa do evento

A expectativa pelo evento já havia aquecido o setor turístico da cidade desde o início da semana. A estimativa inicial de 240 mil visitantes foi amplamente ultrapassada, com mais de 500 mil turistas desembarcando no Rio entre os dias 1º e 3 de maio, conforme dados da Rodoviária Novo Rio e do Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão).

Apesar do tamanho do evento, não foram registrados incidentes graves, graças a um esquema de segurança reforçado que teve o apoio de drones e helicópteros.

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Gaga após discurso. Foto: Reprodução/X

Operação Fake Monster

Contudo, a Polícia Civil do Rio de Janeiro, divulgou no domingo (4) que impediu um grupo de cometer um ataque terrorista no show de Lady Gaga.

Na Operação Fake Monster, em conjunto com o Ministério da Justiça, quatro estados estavam nos 15 mandados de busca e apreensão. Um homem suspeito de ser líder do grupo foi preso por porte ilegal de arma no Rio Grande do Sul, sendo liberado após pagar fiança. Um adolescente foi preso no Rio de Janeiro por armazenar pornografia infantil.

“Desde a última segunda-feira, vínhamos fazendo esse monitoramento de um possível plano de atentado voltado para atingir a comunidade LGBTQIA+. Em parceria com o Ministério da Justiça, identificamos os autores, que atuavam pela plataforma Discord e solicitamos a quebra de sigilo. Fizemos um trabalho em silêncio, sem criar pânico, e prendemos os principais líderes”, assegurou o secretário da Polícia Civil do Rio, Felipe Curi, em coletiva de imprensa.

O grupo extremista se utilizaria de coquetéis molotov e bombas improvisadas para atacar o público do show, composto especialmente por inúmeras pessoas LGBTQIAPN+.

Nas redes sociais, integrantes do grupo promoviam discursos de ódio contra a comunidade LGBTQIAPN+, pedofilia e outros crimes contra menores e adolescentes.

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