O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) aponta que o Brasil subiu cinco posições de 89ª para 84ª colocado ao alcançar a marca de 0,786. O relatório realizado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), que analisa dados de 2023, foi divulgado nesta terça-feira (6). Saiba mais na TVT News.
IDH do Brasil
Os dados divulgados nesta terça-feira são referentes as informações obtidas em 2023, primeiro ano do governo Lula.
O índice começa no 0 e termina no 1. Quanto mais perto do número 1, melhor é o indicador no país. Veja mais detalhes de como funciona o indicador no final do texto.
Em comparação com os dados de 2022, o Brasil cresceu 0,77%. No último ano do governo Bolsonaro, o IDH havia ficado em 0,760 (89ª posição).
No primeiro ano de Bolsonaro na presidência (2019), o índice brasileiro era de 0,766. Ou seja, 2023 foi o primeiro em que o Brasil recuperou o crescimento após os impactos da pandemia de covid-19 e das políticas administradas pelo Partido Liberal.
De acordo com o relatório, os principais fatores que impulsionaram o crescimento do IDH no Brasil foram as melhorias nos indicadores de saúde, como o aumento da expectativa de vida, e a expansão da renda nacional bruta per capita.
A pedra no sapato do governo e no Brasil é a educação: o indicador configura abaixo da média dos países com alto Índice de Desenvolvimento Humano.

O que subiu a nota do Brasil no IDH
- Em 2023, a expectativa de vida é de 75.8 anos, um aumento de 2.5 anos. Em 2022, era de 73,4 anos.
- Também houve crescimento do PIB per capita considerando paridade de poder de compra para US$ 18.011, contra US$ 14.616 no ano anterior.
Desigualdade entre os países
Até 2021, o índice registrava uma tendência de redução das disparidades. Porém o cenário mudou, a desigualdade aumentou entre os países de IDH baixo (menor do que 0,55) e o IDH muito alto (maior que 0,8). É o quarto ano consecutivo que as Nações Unidas registra crescimento nesse fator.
Os países menos desenvolvidos sofrem mais do que os desenvolvidos com guerra comercial, como a iniciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, piora no nível de endividamento e proporciona avanço da industrialização sem geração de emprego.
Como funciona o IDH?
O Índice de Desenvolvimento Humano é uma medida resumida do progresso a longo prazo em três dimensões básicas do desenvolvimento humano: uma vida longa e saudável, ter conhecimento e um padrão de vida decente. O IDH é a média geométrica dos índices normalizados para cada uma das três dimensões.
O objetivo da criação do IDH foi o de oferecer um contraponto a outro indicador muito utilizado, o Produto Interno Bruto (PIB) per capita, que considera apenas a dimensão econômica do desenvolvimento.
A dimensão saúde é avaliada pela expectativa de vida ao nascer, a dimensão educação é medida pela média de anos de escolaridade para adultos com 25 anos ou mais e pela expectativa de anos de escolaridade para crianças em idade de ingresso na escola.
A dimensão padrão de vida é medida pela renda nacional bruta per capita. O indicador utiliza o logaritmo da renda para refletir a importância decrescente da renda com o aumento do RNB.
As pontuações dos três índices da dimensão IDH são então agregadas em um índice composto usando a média geométrica. Consulte as Notas técnicas para mais detalhes.
Veja os melhores colocados no IDH:
- 1º. Islândia – 0,972
- 2º. Noruega – 0,970
- 3º. Suíça – 0,970
- 4º. Dinamarca – 0,962
- 5º. Alemanha – 0,959
- 6º. Suécia – 0,959
- 7º. Austrália – 0,958
- 8º. Hong Kong (China) – 0,955
- 9º. Holanda – 0,955
- 10º. Bélgica – 0,951
Já os piores colocados:
- 184º. Iêmen – 0,470
- 185º. Serra Leoa – 0,467
- 186º. Burquina Faso – 0,459
- 187º. Burundi – 0,439
- 188º. Mali – 0,419
- 188º. Níger – 0,419
- 190º. Chade – 0,416
- 191º. República Centro-Africana – 0,414
- 192º. Somália – 0,404
- 193º. Sudão do Sul – 0,388