As eleições legislativas antecipadas realizadas em Portugal no domingo (18) resultaram em uma vitória da coligação de centro-direita Aliança Democrática (AD), liderada por Luís Montenegro. No entanto, a AD não conseguiu alcançar a maioria absoluta no Parlamento, mantendo o país em um cenário de instabilidade política e impasse na formação do governo. Veja em TVT News.
Com 32,10% dos votos, a AD conquistou 86 assentos na Assembleia da República, composta por 230 cadeiras. O Partido Socialista (PS), liderado por Pedro Nuno Santos, obteve 23,38% dos votos e conquistou 58 deputados, o mesmo número do partido de extrema-direita Chega, que obteve 22,56% dos votos — um crescimento expressivo em relação às eleições anteriores.
Outros partidos representados no Parlamento incluem a Iniciativa Liberal (IL), com 9 assentos; o Livre, com 6; a CDU (coligação entre o Partido Comunista Português e o Partido Ecologista “Os Verdes”), com 3; o Bloco de Esquerda (BE), com 1; o PAN (Pessoas-Animais-Natureza), com 1; e o Juntos Pelo Povo (JPP), com 1 assento.
Luís Montenegro, líder da AD e atual primeiro-ministro em funções, classificou a vitória da coligação como uma clara demonstração da vontade popular. Em pronunciamento após o anúncio dos resultados, declarou: “O povo quer este primeiro-ministro e não quer outro.” Reforçou ainda que pretende liderar um governo estável e que não fará alianças com o Chega, rejeitando qualquer aproximação com o partido de André Ventura.
Pedro Nuno Santos, líder do PS, reconheceu a derrota e anunciou a sua saída da liderança do partido. “Vivemos tempos difíceis para a esquerda. E, perante os resultados, assumo a responsabilidade política e apresento a minha demissão”, afirmou. Ele também fez um alerta para o crescimento da extrema-direita no país, dizendo que “não podemos encarar esta nova realidade com complacência”.
Já André Ventura, do Chega, comemorou o crescimento histórico da legenda e classificou o resultado como um marco político: “O Chega matou hoje o bipartidarismo em Portugal. Chegou ao fim o domínio de 50 anos entre PS e PSD.” Ventura tem defendido publicamente a entrada do Chega em um governo liderado pela direita, mas a sua proposta tem sido reiteradamente rejeitada por Montenegro.
O dia seguinte às eleições legislativas
Após as eleições legislativas, o presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, iniciou nesta segunda-feira, 19 de maio, uma ronda de audiências com todos os partidos com representação parlamentar. O objetivo das conversas é avaliar as possibilidades de formação de um novo governo. O presidente tem adotado uma postura de cautela e diálogo, afirmando que “estas conversações devem ser feitas com serenidade e responsabilidade, respeitando a vontade expressa pelo eleitorado”.
Rebelo de Sousa já deixou claro que só dará posse a um governo que tenha condições efetivas de governabilidade, ainda que minoritário, desde que demonstre viabilidade política. Ele também indicou que pretende cumprir todos os prazos constitucionais antes de tomar uma decisão sobre uma eventual dissolução parlamentar ou repetição do ato eleitoral.
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