Criação de Estado Palestino é discutido por 20 países em meio a bombardeios

Bombardeio israelense atinge escola que funcionava como abrigo. No domingo, a Espanha propôs embargo na venda de armas
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Reunião que aconteceu em Madri é preparação para Conferência Internacional sobre o tema. Foto: Relações Exteriores da Espanha/Reprodução

Neste domingo (25), mais de 20 países se reuniram para debater a criação de um Estado Palestino reconhecido internacionalmente e a integração da nação como membro pleno da ONU. O Brasil reconhece a Palestina desde 2010. Saiba mais na TVT News.

Na manhã desta segunda-feira (26), após a reunião, Israel bombardeou uma escola transformada em abrigo na Cidade de Gaza. O fogo causou a morte de 36 pessoas, incluindo crianças. Ao todo, no início da manhã foram mais de 50 mortos.

Reunião em Madri sobre o Estado Palestino

A pedido do Ministro dos Assuntos Exteriores, União Europeia e Cooperação da Espanha, José Manuel Albares, mais de 20 países se reuniram para debater a paz na região da Faixa de Gaza o conflito israelo-palestino.

Entre as nações presentes, estão: Alemanha, Arábia Saudita, Egito, Eslovênia, Espanha, França, Grã-Bretanha, Irlanda, Islândia, Itália, Jordânia, Marrocos, Noruega e Turquia.

Também esteve presente a Liga dos Estados Árabes e da Organização de Cooperação Islâmica.

A reunião chamada de Grupo de Madri, funcionou como preparação para a Conferência Internacional de Alto Nível para a Solução Pacífica da Questão Palestina e a Implementação da Solução de Dois Estados, que será realizada em Nova York, entre os dias 17 e 20 de junho.

“Hoje em Madrid, junto com mais de 20 países e organizações internacionais, a Espanha reafirmou seu compromisso com a solução dos Estados para a paz no Oriente Médio”, afirmou o ministro das Relações Exteriores da Espanha, José Manuel Albares Bueno.

A Espanha propôs que fique proibida a venda de armas para Israel por um período. A medida busca forçar que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, reduza os ataques contra os palestinos no território da Faixa de Gaza e na Cisjordânia.

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Reunião contou com países europeus, árabes e o Brasil. Foto: Relações Exteriores da Espanha/Reprodução

Posicionamento do Brasil

O Brasil reconhece o Estado Palestino desde 2010 e defende a solução de dois Estados — com um Estado palestino independente e viável, tendo Jerusalém Oriental como capital, coexistindo pacificamente ao lado de Israel, dentro das fronteiras de 1967, que incluem a Cisjordânia e a Faixa de Gaza.

Os palestinos dizem que não há futuro estado palestino sem Jerusalém Oriental como capital.

O ministro Mauro Vieira defendeu o reconhecimento internacional do Estado Palestino e sua admissão como membro pleno da ONU como passos indispensáveis para iniciar a implementação da solução de dois Estados.

Além disso, criticou a inação da comunidade internacional diante da tragédia humanitária em Gaza.

O ministro brasileiro chamou de “massacre” o que acontece na Faixa de Gaza em critica a inação da comunidade internacional diante da tragédia humanitária em Gaza.

“Na verdade, ninguém poderá alegar desconhecimento sobre as atrocidades em curso, transmitidas diariamente ao vivo pelos meios de comunicação”.

É possível verificar milhares de registros atuais do que acontece em Gaza no TikTok, X (antigo Twitter), Instagram e Facebook. Em algumas dessas redes, basta pesquisar por “Gaza hoje” que registros dos moradores que ainda resistem a violência.

“Nenhum interesse nacional, nenhuma consideração de política doméstica justificam o silêncio diante de crimes que erodem os alicerces do ordenamento jurídico internacional”, completou o ministro das Relações Exteriores do Brasil.

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