O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou na terça-feira (1º) que Israel aceitou os termos de uma trégua de 60 dias na Faixa de Gaza. O anúncio, feito após uma “longa e produtiva reunião” com autoridades israelenses, vem acompanhado de uma ameaça direta ao Hamas, para que aceite a proposta “pelo bem do Oriente Médio’. Saiba mais na TVT News.
Segundo publicações do presidente em sua rede social, Truth Social, a versão final do acordo de cessar-fogo será enviada para mediadores do Catar e do Egito, com previsão de ser apresentada nos próximos dias.
Termos do acordo de cessar-fogo
Os termos essenciais da proposta inclui: um cessar-fogo de 60 dias; a libertação imediata de metade dos reféns israelenses (estimados em 50, com 28 já falecidos) em troca de prisioneiros palestinos; a retirada parcial das tropas israelenses de Gaza; e a liberação da assistência humanitária ao território devastado. A proposta também contém garantias de mediadores e dos EUA para futuras negociações sobre o término definitivo do conflito, embora Israel não tenha se comprometido com essa etapa final.
Do lado palestino, o Hamas manifestou-se aberto a um acordo, desde que este culmine no “fim completo da guerra” e garanta a retirada total das forças israelenses de Gaza. Uma delegação do grupo deverá se reunir com mediadores egípcios e catarianos no Cairo para discutir a proposta, expressando disposição em libertar os reféns restantes.
Contudo, ao contrário do inusitado tom otimista de Washington, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, reforçou seu compromisso em destruir o Hamas. “Não vai haver um Hamas, não haverá um Hamastão. Nós não vamos voltar a isso, está acabado”, declarou Netanyahu nesta quarta-feira (2).
O atual conflito em Gaza começou em 7 de outubro de 2023, já causou a morte de mais de 56 mil palestinos, segundo dados das autoridades palestinas. Gaza foi amplamente devastada, com a maior parte de sua população deslocada e enfrentando desnutrição severa.
Um curto cessar-fogo de 40 dias, ocorrido entre janeiro e março de 2025, foi rompido por Israel, que retomou as ofensivas. Durante a trégua anterior, o Hamas libertou reféns em troca de prisioneiros palestinos.
Israel admite bombardeio a civis que buscavam por comida
As Forças Armadas de Israel admitiram que civis palestinos foram mortos e feridos em bombardeio próximo a pontos de distribuição de comida e auxílio humanitário na Faixa de Gaza.
Dados recentes indicam que, em média, 15 palestinos têm sido mortos diariamente no último mês em Gaza enquanto tentam obter ajuda. O Ministério da Saúde de Gaza registrou 549 mortos e mais de 4 mil feridos desde 27 de maio, quando a Fundação Humanitária para Gaza (GHF) iniciou suas operações de distribuição de suprimentos. Esses números são corroborados por agências da ONU (pelo menos 410 mortes) e Médicos Sem Fronteiras (mais de 500 mortos).
Com informações do G1