Nikolas Ferreira pode ter direitos políticos suspensos em pedido do MP Eleitoral

MP Eleitoral de Minas denunciou quatro políticos por difamar Fuad Noman
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Deputado federal Nikolas Ferreira. Foto: Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados

O Ministério Público (MP) Eleitoral de Minas Gerais (MG) apresentou uma denúncia contra o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) e mais outros três aliados por divulgação de vídeos com ataques difamatórios a Fuad Noman, então prefeito de Belo Horizonte (BH) e candidato a reeleição em 2024. A acusação pede a suspensão dos direitos políticos. Entenda na TVT News.

Dejá-vu? Nikolas Ferreira é acusado de espalhar desinformação

A denúncia pede também que os acusados indenizem a família de Noman por danos morais. O ex-prefeito morreu em março de 2025, aos 77 anos.

No total, MP Eleitoral denunciou quatro pessoas: o deputado estadual Bruno Engler (PL-MG), então candidato a prefeitura de BH; Cláudia Araújo Romualdo (Coronel Cláudia, do PL), candidata a vice-prefeita na chapa de Bruno Engler; a deputada estadual Sheila Aparecida (Delegada Sheila, também do PL); e Nikolas.

Durante a campanha eleitoral para a prefeitura de BH em 2024, os quatro publicaram e espalharam vídeos com ataques ao concorrente Fuad Noman. O grupo acusa Noman de escrever um “livro erótico e pornográfico” e de apologia à pedofilia, mas o trecho usado como “prova” estava fora de contexto.

O trecho se trata de uma passagem do livro “Cobiça”, publicado em 2020 pela Editora Ramalhete, e retrata dois casos de estupros em passagens pesadas.

Mesmo após a denúncia do MP Eleitoral, Nikolas Ferreira segue chamando a obra de “livro pornográfico” em suas redes sociais.

“Estão querendo me deixar inelegível porque eu denunciei um livro pornográfico do prefeito de Belo Horizonte. Uai, não posso falar mais não?”, disse Nikolas Ferreira na Câmara dos Deputados e nas redes sociais.

O deputado do PL alega que a direita está sendo perseguida no Brasil, mesmo que o artigo 139 do Código Penal seja claro sobre ações difamatórias como as conduzidas por Nikolas Ferreira inúmeras vezes. “

Veja as acusações do MP Eleitoral

  • ➡️ Bruno Engler: coordenou a campanha de desinformação contra Fuad, distorceu trechos do livro Cobiça para ligar o ex-prefeito a crimes e levou o exemplar a um debate na TV para acusá-lo de ter escrito uma obra “erótica e pornográfica”;
  • ➡️ Nikolas Ferreira: teve papel fundamental na propagação das fake news, usando suas redes sociais para divulgar conteúdos falsos e ofensivos; além disso, ignorou ordem judicial que determinava a remoção dessas publicações;
  • ➡️ Coronel Cláudia: reproduziu as acusações falsas durante a campanha, inclusive em programa de TV, onde disse que o livro tinha um conteúdo “muito pesado” para ser lido em voz alta;
  • ➡️ Delegada Sheila: também difundiu informações enganosas sobre o livro de Fuad Noman, contribuindo para espalhar as peças de campanha difamatórias.

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