Fábrica da chinesa GWM em SP gera mil empregos; Lula fará inauguração

Investimento total de R$ 10 bilhões até 2032 vai impulsionar produção de veículos híbridos plug-in em Iracemápolis
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Fábrica é a primeira habilitada no Programa de Mobilidade Verde (MOVER). Foto: Divulgação

O presidente Lula prestigia nesta sexta-feira (15) a inauguração da primeira unidade industrial da montadora chinesa Great Wall Motor (GWM) no Brasil, localizada em Iracemápolis, no interior de São Paulo. A cerimônia, marcada para as 16h, contará também com a presença do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin. Leia em TVT News.

Montadora chinesa GWM deve gerar mil novos empregos em 2025

Com previsão de gerar 1.000 novos empregos até o fim do ano, a fábrica representa um marco na política industrial do governo. A GWM estima um investimento de R$ 4 bilhões até 2026, que já inclui a abertura da nova unidade, e espera aportar mais R$ 6 bilhões entre 2027 e 2032, totalizando R$ 10 bilhões de investimentos no país até 2032.

A fábrica é a primeira habilitada no Programa de Mobilidade Verde (MOVER), criado pelo governo federal para fomentar a produção de veículos híbridos plug-in (PHEV) no território nacional. Até 2026, a meta é alcançar 60% de conteúdo nacional nos veículos produzidos.

A GWM planeja fabricar entre 30 mil e 45 mil veículos por ano já no ciclo inicial de operações — uma projeção anunciada ainda em 2024, durante audiência entre Lula e Parker Shi, presidente da GWM International. Em maio deste ano, o chairman Jack Wey confirmou que a produção se iniciaria em julho de 2025, com três modelos: o SUV híbrido Haval H6, a picape Poer e o SUV de sete lugares Haval H9, criando 800 empregos diretos em seu primeiro ano.

A unidade foi instalada nas antigas instalações da Mercedes-Benz — a GWM adquiriu o espaço em 2021 e realizou adaptações estruturais. Segundo veículos da região, o complexo tem capacidade para fabricar até 50 mil veículos por ano, operando inicialmente com 500 funcionários em apenas um turno.

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Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante visita aos carros da GWM. Pequim – China.

Foto: Ricardo Stuckert / PR

O plano da GWM vai além da produção: há intenção de consolidar o Brasil como centro de exportação para a América Latina, bem como futuro polo de pesquisa e desenvolvimento.

Este empreendimento também representa uma forte sinalização para a retomada da indústria automotiva brasileira: Lula destacou publicamente que não se viam investimentos desse porte no setor há 20 anos, e que, desde seu atual mandato, já foram anunciados aportes da ordem de US$ 130 bilhões. Alckmin, por sua vez, enfatizou que as políticas industriais e de inovação do governo, especialmente via o programa MOVER, estão alinhadas com a descarbonização e sustentabilidade propostas pela montadora.

GWM faz parte do crescimento da venda dos carros eletrificados

De acordo com dados de emplacamentos dos órgãos de trânsito, divulgados pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos (Fenabrave), as vendas de híbridos e elétricos no Brasil cresceram 46,83% de janeiro a julho na comparação com o mesmo período do ano passado. O mercado total cresceu 4,1%.

Dos 139,2 mil veículos eletrificados vendidos no país, 63,5% foram de marcas chinesas, segundo dados da Associação Brasileira do Veículos Elétrico (ABVE).

A BYD ultrapassou a marca de 150 mil carros eletrificados vendidos no Brasil. A chegada da marca mudou os paradigmas do mercado: de 2022 para cá, a BYD modificou a mobilidade brasileira de maneira sustentável.

O crescimento da BYD é notável ao longo dos anos. Se em 2022 houve o registro de 260 carros da BYD, no ano seguinte foram emplacadas 17.937 unidades, um salto de 6.800%. Em 2024, apesar de uma base já relevante, a alta continuou forte, 327%, com um volume de 76.713 emplacamentos.

Neste ano, no acumulado de janeiro a julho, a BYD já contabiliza 57.388 vendas, resultado 48,54% superior ao mesmo período de 2024, mostrando que a greentech segue acelerando forte e conquistando cada vez mais a confiança dos brasileiros.

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