O pastor Silas Malafaia está sendo investigado pela Polícia Federal (PF). O líder evangélico foi incluído no inquérito que mira o ex-presidente Jair Bolsonaro, seu filho, deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), e o influenciador de direita, Paulo Figueiredo por articularem sanções internacionais para obstruir a ação penal da tentativa de golpe de Estado. Entenda em TVT News.
Malafaia organizou ato bolsonarista que resultou na prisão do ex-presidente
O líder evangélico foi um dos principais organizador do ato em apoio a Jair Bolsonaro em 3 de agosto. Na ocasião, o ex-presidente voltou a descumprir as medidas cautelares ao veicular conteúdos nas redes sociais de seu filho, o senador Flávio Bolsonaro (PL), e participar de uma chamada de vídeo com o deputado Nikolas Ferreira (PL), que estava no ato golpista. Por isso, sua prisão domiciliar foi determinada.
Conforme apuração da GloboNews, Malafaia está sendo investigado pela PF por coação no curso do processo, obstrução de invetigação de organização criminosa e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
Em seu discurso no ato de 3 de agosto, Malafaia criticou as prisões determinadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes durante o processo que investiga a tentativa de golpe no dia 8 de janeiro e chamou o ministro de ditador.
Em um vídeo publicado nesta quinta-feira (14) no X, Malafaia voltou a defender o impeachment Moraes, assim como sua prisão. O pastor afirma ter tomado conhecimento de sua inclusão nas investigações por meio da imprensa. O líder evangélico adota a mesma narrativa de outros bolsonaristas de perseguição política sem evidências concretas.

O inquérito que investiga a família Bolsonaro e Figueiredo foi aberto em maio para apurar ações contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e sanções contra o Brasil. Desde fevereiro, Eduardo Bolsonaro está nos Estados Unidos (EUA), onde participa de reuniões com autoridades do governo de Donald Trump para convencer os mandtários a atuarem pela anistia aos envolvidos no 8 de janeiro de 2023 e para suspender o julgamento do golpe no qual Jair Bolsonaro é réu.
A medida mais recente dos EUA contra o Brasil foi tomada na quarta-feira (13), quando Marco Rubio, secretário de Estado, anunciou a revogação do visto de servidores públicos ligados ao programa Mais Médicos, que atende 63 milhões de brasileiros.
O governo Trump já revogou o visto de Alexandre de Moraes, do STF, e outros ministros “aliados”. A lista de ofensivas também inclui o tarifaço de 50% contra exportações brasileiras, a abertura de um processo que mira o Pix e a Rua 25 de Março e a inclusão do Brasil em um relatório sobre violação de direitos humanos.