O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, enfrentou uma clara rejeição internacional durante seu discurso na Assembleia Geral da ONU nesta sexta-feira (26). Antes mesmo de iniciar sua fala, diplomatas e representantes de diversos países, entre eles, o Brasil, se retiraram do salão em protesto contra a ofensiva israelense em Gaza. Saiba mais na TVT News.
Ao subir ao púlpito, Netanyahu foi vaiado por parte dos presentes. Em tom ameaçador, ele prometeu “terminar o trabalho” contra o Hamas e rejeitou as recentes decisões de mais de 150 países — entre eles Canadá, Reino Unido, Austrália e França — de reconhecer o Estado palestino. O genocida classificou essas medidas como uma “decisão vergonhosa” e acusou líderes mundiais de se curvarem a “mídia tendenciosa, constituintes islamistas radicais e multidões antissemitas”.
O discurso também incluiu ataques diretos ao Irã, ao Hezbollah e a outros grupos armados da região, além de negar as acusações de crimes de guerra e genocídio que levaram o Tribunal Penal Internacional a emitir um mandado de prisão contra ele. Netanyahu afirmou que essas denúncias são “mentiras antissemitas” e insistiu que Israel faz “todo o possível para proteger civis”.

Discurso de Netanyahu foi transmitido em Gaza
Netanyahu ordenou a instalação de alto-falantes dentro e na fronteira da Faixa de Gaza, transmitindo seu discurso diretamente à população palestina, em mais uma tentativa de ameaçar e amedrontar os civis desarmados e reféns do Exército israelense. Segundo ele, sua fala também teria sido enviada em tempo real para celulares em Gaza, embora não haja evidências desta ação.
Em Israel, famílias de reféns declararam a transmissão como um “abuso psicológico”. O líder da opsoição, Yair Lapid, criticou a medida e chamou de “loucura megalomaníaca”.
Fora da ONU, manifestantes tomaram ruas de Nova York pedindo o fim do apoio dos Estados Unidos a Israel. Apesar da pressão internacional e o notável isolamento político, Netanyahu ainda conta com o apoio do presidente Donald Trump, que prometeu manter auxílio militar a Israel, embora tenha se posicionado na quinta-feira (25) contra uma possível anexação da Cisjordânia ocupada.
Com The New York Times e CNN Internacional