Após nove anos, BNDES retoma edital de cinema com R$ 15 milhões para 25 longas

Cada filme selecionado receberá R$ 600 mil; iniciativa vai fortalecer a produção audiovisual nacional 
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As inscrições ficam abertas até 27 de outubro e contemplam projetos em cinco categorias. Foto: kp yamu Jayanath/Pixabay

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou, nesta sexta-feira (26), o relançamento de seu Edital de Cinema, interrompido há quase uma década. A nova edição vai destinar R$ 15 milhões para o patrocínio de 25 longas-metragens brasileiros, cada um com apoio de R$ 600 mil. O objetivo é impulsionar as fases de pós-produção e comercialização das obras, garantindo também que todas cheguem ao público em 2026, seja nas salas de cinema ou em plataformas de streaming. Saiba mais na TVT News.

As inscrições ficam abertas até 27 de outubro e contemplam projetos em cinco categorias: ficção comercial, ficção autoral, documentário, animação e produções já selecionadas em festivais. A criação dessa última linha responde a uma estratégia de ampliar a presença do cinema brasileiro em premiações internacionais, cenário que ganhou novo fôlego após a vitória de Ainda Estou Aqui no Oscar 2025 de Melhor Filme Internacional, a primeira conquista do Brasil nessa categoria.

Retomada das políticas para o cinema brasileiro 

Segundo o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, o retorno do edital simboliza uma retomada da política de apoio ao audiovisual brasileiro, interrompida por gestões anteriores. “Ao longo de sua história, o BNDES já apoiou mais de 400 filmes. Retomamos esse compromisso porque acreditamos na indústria do audiovisual e no potencial que ela tem de gerar novos empregos”, afirmou.

A ministra da Cultura, Margareth Menezes, reforçou a importância do setor não apenas no campo simbólico, mas também no econômico. Para ela, o audiovisual é uma “das expressões mais potentes da nossa cultura” e, ao mesmo tempo, “um setor estratégico da economia criativa”. 

“A volta deste edital do BNDES representa um estímulo fundamental para a diversidade de narrativas, a geração de empregos e a projeção internacional da nossa produção. Investir no cinema é investir no Brasil, na valorização da nossa identidade e no fortalecimento de uma cadeia produtiva que move cultura, inovação e desenvolvimento”, declarou Margareth. 

Entre 1995 e 2017, o BNDES investiu mais de R$ 600 milhões em editais voltados para o audiovisual, em valores atualizados, financiando mais de 400 obras de diferentes gêneros. 

Outros financiamentos do BNDES

Além do edital recém-lançado, o BNDES mantém uma linha de crédito em parceria com a Agência Nacional do Cinema (Ancine) e o Ministério da Cultura. A operação é viabilizada com recursos do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA) e oferece condições diferenciadas para produtoras, em especial as pequenas e médias empresas que compõem a maior parte da cadeia do setor.

O relançamento do edital acontece em um momento de visibilidade internacional para o cinema nacional. A vitória inédita no Oscar, a circulação de obras brasileiras em festivais como Cannes, Veneza e Berlim, e o crescimento das plataformas de streaming abriram novas portas para diretores e produtoras. O governo aposta que esse ciclo positivo pode se consolidar com o reforço do apoio institucional.

Para além das premiações, o setor é um vetor de geração de empregos em diferentes áreas. Cada longa-metragem apoiado envolve dezenas de profissionais e movimenta cadeias produtivas ligadas a serviços, tecnologia e turismo cultural.

Saiba mais no site do BNDES.

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