O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) mostrou que o grupo Alimentação e bebidas registrou queda (-0,26%) pelo quarto mês consecutivo, com impacto de -0,06 pontos percentuais (pp). A variação de setembro foi influenciada pela alimentação no domicílio, que caiu 0,41%, após redução de 0,83% em agosto. Nos quatro meses de queda, o grupo Alimentação e bebidas recuou 1,17%. Os resultados foram divulgados nesta quinta-feira, 9 de outubro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Entenda na TVT News.
A pesquisa aponta destaque para as quedas do tomate (-11,52%), cebola (-10,16%), alho (-8,70%), batata-inglesa (-8,55%) e arroz (-2,14%). A alimentação fora do domicílio registrou desaceleração na passagem de agosto (0,50%) para setembro (0,11%). Em igual período, o subitem “lanche” saiu de 0,83% para 0,53%, e a “refeição” foi de 0,35% para -0,16%.
Fernando Gonçalves, gerente do IPCA, observa que “o grupamento dos alimentos para consumo em casa segue com variações negativas, dada a maior oferta dos produtos, o que possivelmente já reflete na alimentação fora, com a queda nos preços na refeição”.
Demais grupos
Comunicação (-0,17%) e Artigos de residência (-0,40%) também tiveram deflação, ambos com impactos de -0,01 pp. Os demais grupos registraram variações e impactos positivos: Educação (0,07% e 0,01 pp), Saúde e cuidados pessoais (0,17% e 0,02 pp) e Vestuário (0,63% e 0,03 pp.).
Inflação
O índice de difusão, ou seja, o percentual de subitens que tiveram resultado positivo, caiu de 57% em agosto para 52% em setembro. O grupamento dos alimentícios mostrou aumento na difusão de agosto para setembro, de 47% para 48%, enquanto no grupamento dos não alimentícios houve queda de 65% para 56%.
No agregado especial de serviços, o IPCA desacelerou de 0,39% em agosto para 0,13% em setembro, e o agregado de preços monitorados, acelerou de -0,61% em agosto para 1,87% em setembro.
“Nos serviços, percebe-se a desaceleração no grupamento da alimentação fora do domicílio (de 0,50 em agosto para 0,11 em setembro), assim como as quedas na passagem aérea (-2,83) e no seguro voluntário de veículos (-5,98%). A oscilação dos monitorados se deu pela contribuição da gasolina e, especialmente, da energia elétrica residencial, negativa em agosto e positiva em setembro”, analisa Fernando Gonçalves.
Quanto aos índices regionais, Salvador apresentou a menor variação (0,17%) por conta das quedas no tomate (-20,08%) e no seguro voluntário de veículos (-6,36%).
Além disso, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), também do IBGE, registrou que os produtos alimentícios passaram de -0,54% em agosto para -0,33% em setembro. A variação dos não alimentícios passou de -0,10% em agosto para 0,80% no mês subsequente. Regionalmente, a menor variação ocorreu em Salvador (0,16%), em razão da queda no tomate (-20,08%) e nos itens de higiene pessoal (-0,93%).