Alexa, cadê você? Queda na nuvem da Amazon derruba sites e serviços

Interrupção global na AWS paralisou Alexa, Prime Video, WhatsApp, entre outros; Amazon afirma que problema central da queda foi resolvido
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A falha foi atribuída a um erro de DNS e a problemas em um serviço de banco de dados em um dos principais data centers da Amazon. Foto: Bruno Peres/Agência Brasil

Uma falha massiva na Amazon Web Services (AWS), a nuvem da Amazon, causou na manhã desta segunda-feira (20) um apagão digital que afetou milhares de empresas e milhões de usuários em todo o mundo. A interrupção, que durou mais de duas horas, deixou fora do ar plataformas populares como Signal, Snapchat, Prime Video, Roblox e até a assistente virtual Alexa, símbolo da própria tecnologia da gigante norte-americana. A causa principal do apagão já foi resolvida, mas a recuperação total dos sistemas ainda pode levar tempo. Saiba os detalhes na TVT News.

De acordo com a própria Amazon, o problema teve origem em um de seus principais data centers, localizado na Virgínia (EUA), na região conhecida como US-EAST-1, considerada o coração da infraestrutura da empresa. A falha foi atribuída a um erro de DNS (sistema responsável por traduzir nomes de sites em endereços de rede) e a problemas no serviço de banco de dados DynamoDB.

Em comunicado, a empresa afirmou que a “questão subjacente de DNS foi totalmente mitigada e a maioria das operações dos serviços AWS está sendo bem-sucedida normalmente agora”. Apesar da correção do problema central, a recuperação de todos os sistemas pode levar um tempo. A AWS explicou que seus engenheiros seguem trabalhando para processar um acúmulo de solicitações enfileiradas, resultado direto da sobrecarga de acessos durante o apagão.

Redes sociais e serviços essenciais foram prejudicados

O impacto foi global: o site que monitora interrupções, Downdetector, registrou mais de 6,5 milhões de relatos de instabilidade e mais de 1.000 empresas afetadas. Entre os serviços prejudicados estavam redes sociais (Signal, Snapchat, Facebook e WhatsApp), plataformas financeiras (Coinbase, Venmo, Lloyds e Halifax), aplicativos de transporte e entregas (Lyft e Uber), além de sistemas públicos britânicos, como o site do governo e o serviço ferroviário National Rail.

Até mesmo a Amazon.com, o Prime Video e a Alexa enfrentaram lentidão e falhas. Usuários relataram que a assistente virtual “sumiu” das residências inteligentes por horas, sem conseguir responder comandos básicos.

Além do transtorno digital, a queda afetou setores essenciais, como saúde e transporte. O NHS, sistema público de saúde do Reino Unido, relatou instabilidade em parte de suas operações, enquanto usuários da ferrovia britânica enfrentaram dificuldades para acessar horários e comprar bilhetes online.

Dependência das nuvens é uma situação crítica

Especialistas apontam que o episódio reforça a dependência da internet em poucos provedores de nuvem, especialmente Amazon, Microsoft e Google. Em matéria do The New York Times, Harry Halpin, CEO da NymVPN, ressaltou que “quando toda a infraestrutura de uma nação depende de poucos provedores sediados nos Estados Unidos, estamos diante de uma situação extremamente perigosa”.

Corinne Cath-Speth, da organização Article 19, alertou para a necessidade de diversificação da infraestrutura digital: “serviços que sustentam a democracia, o jornalismo independente e as comunicações seguras não podem estar nas mãos de um punhado de empresas privadas”.

Com informações da BBC News

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