Material “didático” de Tarcísio erra data da 2ª Guerra

Material digital do governo do Estado de SP diz que 2ª Guerra teria acontecido em 1950; conflito acabou em 1945
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Tarcísio segue Bolsonaro até nas respostas infelizes sobre saúde pública. Foto: Anderson Riedel

A Secretaria de Educação de São Paulo, sob comando do governador bolsonarista Tarcísio de Freitas, distribuiu livro para alunos do ensino médio que diz que a 2ª Guerra Mundial, conflito militar global que durou de 1939 a 1945, aconteceu na década de 1950. Leia em TVT News.

A denúncia foi enviada ao deputado estadual Emídio de Souza (PT) por um professor de escola pública estadual de São José dos Campos e foi noticiada na coluna Painel do jornal Folha de S.Paulo.

Na imagem enviada pelo professor ao deputado, o livro para alunos do Ensino Médio diz que “na década de 1950, a Europa foi o palco de um grande conflito, a 2ª Guerra Mundial”. Confira reprodução da imagem abaixo:

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2ª Guerra Mundial acabou em 1945, mas material digital do governo Tarcísio duz que acontece em 1950. Foto: Reprodução

Em nota à Folha de S.Paulo, o governo Tarcísio diz que determinou a retificação do material e que “a Coordenadoria Pedagógica da Seduc-SP está reforçando os procedimentos de revisão e controle de qualidade dos recursos didáticos utilizados na rede estadual”.

Para Apeosp, erro na data da 2ª Guerra é reflexo da política de cortes de Tarcísio

Nota na seção Painel do jornal Folha de S. Paulo informa que material didático disponibilizado pelo governo de Tarcísio de Freitas aos estudantes da rede estadual de ensino afirma que a 2ª Guerra Mundial teria ocorrido na década de 1950.

“Este é apenas mais um episódio bizarro da gestão do secretário Renato Feder na Educação Paulista, que nosso mandato parlamentar, e a Apeoesp, há muito vêm denunciando como autoritária, repleta de políticas equivocadas e descompromisso com a qualidade do ensino”, afirma a deputada professora Bebel, vice-presidnete da Apeoesp.

A pretexto de modernização e eficiência, o governo Tarcísio foca em corte de gastos, privatizações, militarização das escolas e na total plataformização digital do processo ensino-aprendizagem, contrariando recomendações e estudos nacionais e internacionais”, argumenta a deputada.

Bebel acrescenta que “assédio moral, medidas de controle sobre professores, funcionários e estudantes e ações punitivas aos profissionais da Educação, estão violando direitos legais, levando a justiça a decidir a favor da Apeoesp em ações judiciais”.

O erro com a data da 2ª Guerra, está no material digital “Globalização e economia mundial”, de geografia, distribuído para a segunda série do ensino médio, prática que a Apeoesp denuncia como plataformização do contéudo, fruto da redução dos investimentos em educação.

“A redução da dotação orçamentária da Educação, de 30% para 25%, significando um corte de R$ 11 bilhões em 2025, foi feito sob o argumento de que esses recursos seriam aplicados na Saúde. Entretanto, a Educação sofre com a perda desses recursos e a Saúde em nada melhorou sob este governo”, explica Bebel.

“Este novo fato do erro na data da 2ª Guerra demonstra que as professoras e os professores da rede estadual de ensino trabalham nas condições mais adversas, são mal remunerados, são aviltados em seus direitos e, no entanto, estão dia após dia nas escolas oferecendo aos estudantes e à sociedade esforço e dedicação para formar crianças e jovens”, analisa a deputada.

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