13º na Black Friday: dicas de como aproveitar sem cair em armadilhas

Pagamento do 13º no dia da Black Friday aumenta as oportunidades de compra, mas também os riscos de endividamento e golpes
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Black Friday é nesta sexta-feira (28), veja dicas de como comprar com consciência e segurança. Foto: Reprodução/Agência Brasil

Com a primeira parcela do 13º salário entrando justamente na semana da Black Friday, milhões de trabalhadores se veem na possibilidade de uma combinação tentadora — e perigosa. O período concentra grandes oportunidades de compra, mas também potencializa riscos de endividamento, práticas abusivas e golpes, segundo alerta a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), do Ministério da Justiça. A chave para aproveitar a data sem comprometer o orçamento é inverter a lógica tradicional: antes de pensar em promoções, é essencial organizar as finanças e definir limites de gastos. Veja as dicas para aproveitar a Black Friday consciente na TVT News.

Priorize contas e dívidas antes das ofertas

O 13º salário deve ser uma ferramenta de reorganização financeira, e não apenas uma verba de consumo. O pagamento de dívidas com juros altos, como cartão de crédito e cheque especial, é apontado por especialistas como o uso mais vantajoso do recurso: isso porque a economia gerada ao eliminar juros costuma superar qualquer desconto anunciado no varejo.

Além disso, antecipar despesas do início do ano, como IPTU, IPVA e material escolar, ajuda a aliviar o orçamento futuro. Outra orientação importante é destinar parte do valor à reserva de emergência, evitando recorrer a crédito caro em situações inesperadas.

Planejamento é o antídoto para compras impulsivas

Com a pressão das campanhas promocionais e o medo de “ficar de fora”, consumidores tendem a gastar mais do que pretendiam. Para evitar isso, é recomendado três passos básicos:

  1. Fixe um orçamento máximo e não ultrapasse o limite;
  2. Crie uma lista de prioridades, separando itens essenciais, investimentos planejados e desejos;
  3. Defina o preço-alvo de cada produto e só compre se a oferta estiver realmente abaixo desse valor.

O uso de ferramentas como Zoom, Buscapé, JáCotei e Google Shopping ajuda a identificar descontos reais e evita a chamada “maquiagem de preços”, quando lojas elevam o valor antes da Black Friday para simular grandes promoções.

Segurança digital exige atenção redobrada

O volume elevado de compras aumenta a ação de golpistas e sites falsos. A Senacon orienta sempre verificar se o endereço eletrônico começa com “https://”, checar reputação em plataformas como Reclame Aqui e consultar a lista Evite esses Sites, do Procon-SP.

Mesmo em grandes marketplaces, o consumidor deve analisar avaliações do vendedor e priorizar lojas oficiais. Eletrônicos sem homologação da Anatel, comuns em promoções tentadoras, também oferecem riscos à segurança e privacidade.

Na forma de pagamento, o cartão de crédito é considerado a opção mais segura, pois permite contestar cobranças em caso de fraude. Pix e boletos devem ser usados apenas em lojas confiáveis, já que dificultam o reembolso.

Direitos garantidos ao consumidor

Quem comprar online tem direito a desistir da compra em até sete dias após receber o produto, com reembolso total, incluindo frete. Já em caso de defeito, o fornecedor tem até 30 dias para solucionar o problema; passado esse prazo, o cliente pode pedir troca, devolução ou abatimento do preço.

Se houver fraude com Pix, o consumidor deve acionar imediatamente o banco e solicitar o Mecanismo Especial de Devolução, que permite rastrear e recuperar o valor. Reclamações podem ser registradas no consumidor.gov.br, Procon e Juizado Especial Cível.

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