Leoa mata jovem em zoológico na Paraíba

Zoológico ficará fechado durante as investigações
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Parque Zoobotânico Arruda Câmara é um jardim zoobotânico localizado em João Pessoa, Paraíba. Foto: Zelma Brito via Wikimedia Commons

Um adolescente morreu após ser atacado por uma leoa diante dos visitantes em um zoológico de João Pessoa, informaram autoridades. A tragédia foi no domingo (30), quando o jovem escalou um muro de seis metros, ultrapassou cercas de segurança e subiu em uma árvore para entrar no recinto do animal.

A prefeitura argumentou que o jovem – identificado pela imprensa como Gerson de Melo Machado, de 19 anos – “invadiu deliberadamente o recinto da leoa” no Parque Zoobotânico Arruda Câmara.

“De maneira rápida e surpreendente, ele escalou uma parede de mais de 6 metros, as grades de segurança, acessou uma das árvores e invadiu o recinto”, acrescentou a nota.

Vídeos que viralizaram na internet mostram a leoa deitada junto ao vidro que a separa dos visitantes. Quando percebe o jovem, vai até a árvore, abocanha uma de suas pernas e o joga no chão. Os arbustos balançam e, por um instante, a cabeça do rapaz aparece brevemente antes de sair do enquadramento do vídeo.

A prefeitura indicou que Machado morreu “em decorrência dos ferimentos provocados pelo animal”.

O zoológico afirmou no Instagram que o incidente foi “extremamente triste” e que permaneceria fechado durante as investigações.

O veterinário do parque, Thiago Nery, defendeu os padrões de segurança do recinto e disse que se tratou de um incidente “absolutamente imprevisível”.

O parque destacou que “em nenhum momento foi considerada a possibilidade de eutanásia” para a leoa, que “não apresenta comportamento agressivo fora do contexto do ocorrido”.

O comunicado da prefeitura disse que as investigações preliminares indicam um “possível ato de suicídio”.

A conselheira tutelar Verônica Oliveira disse em um vídeo no Instagram que acompanhou Machado durante oito anos, nos quais o jovem “passou por todos os acolhimentos institucionais desta cidade”.

A funcionária afirmou que a mãe e os avós do jovem sofriam de esquizofrenia e lamentou que os psiquiatras do Estado insistiam que seu problema era “comportamental”. “Ele precisava estar em tratamento psiquiátrico”, afirmou.

Em outras entrevistas, Oliveira disse que Machado sonhava em ser domador de leões. “A sociedade, sem conhecer sua história, preferiu jogá-lo na jaula dos leões”, lamentou.

© Agence France-Presse

Leia a nota do Zoológico da Paraíba

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