O Datafolha da última terça-feira (2) mostrou que 54% dos brasileiros acreditam que o ex-presidente condenador Jair Bolsonaro tentou fugir ao danificar a tornozeleira eletrônica. Entenda na TVT News.
A pesquisa do Datafolha ouviu 2.002 eleitores em 113 municípios brasileiros. A margem de erro do levantamento é de dois pontos para mais ou menos.
Outros 33% acataram a versão de preso de que estava em surto causado por uso inadequado de remédios, o que gerou um surto psicótico. Bolsonaro alegou ainda que a paranoia o levou a acreditar que havia uma escuta na tornozeleira eletrônica.
Para finalizar, 13% das pessoas não souberam responder o que acham da situação do ex-presidente condenado.
Na análise dos dados por categorias, é possível perceber que os jovens de 16 a 24 anos são a categoria etária que mais acredita na fuga (60%).
Em quanto a relação geográfica mostra que moradores do Sul e Norte/Centro-Oeste acreditam na tese do surto, enquanto 61% dos nordestinos acreditam na tentativa de fuga.
No aspecto político, a versão de Bolsonaro é acreditada por 66% dos eleitores do ex-presidente condenado no segundo turno de 2022. Entre os evangélicos, 46% compram a tese do surto psicótico.
Por outro lado, 66% dos eleitores de Lula acreditam que Bolsonaro planejava uma fuga.
Relembre como Bolsonaro tentou violar a tornozeleira eletrônica
O ex-presidente Jair Bolsonaro cumpria a prisão domiciliar e aguardava a finalização do processo por tentativa de golpe — o que estava prestes a acontecer, já que o prazo para solicitar recursos já tinha se esgotado. Nos primeiros minutos de sábado, dia 22, um alerta da tornozeleira eletrônica foi tocado na Polícia Federal (PF): algo estava errado.
Mais tarde, o mundo foi informado que Jair tentou danificar com uma máquina de solda a tornozeleira eletrônica. Caso conseguisse, o monitoramento desligaria e ele teria alguns minutos até os policiais baterem na porta da residência em um condomínio do Jardim Botânico, em Brásilia.
O filho mais velho, o senador Flávio Bolsonaro, havia convocado uma vigília para aquela manhã. O que criaria um cenário de confusão que poderia atrapalhar a ação da PF, apontou o ministro Alexandre de Moraes. Porém, Jair foi mal sucedido e PF identificou as alterações que Bolsonaro conseguisse se movimentar livremente.
Diante desse cenário, Moraes emitiu a transferência de Bolsonaro para uma sela na PF e dias depois o julgamento por tentativa de golpe foi finalizado entrando em trânsito em julgado.
Um vídeo divulgado pelo STF mostra o diálogo entre uma agente penal e o ex-presidente Bolsonaro logo após a transferência para a PF. Confira o diálogo:
- Agente: “O senhor usou alguma coisa para queimar isso aqui?”
- Ex-presidente: “Eu meti ferro quente aí. Curiosidade”.
- Agente: “Que ferro foi, ferro de passar?”
- Ex-presidente: “Não, ferro de soldar, de solda”
- Agente: “Pulseira aparentemente intacta, mas o ‘case’ [a capa] violado. Que horas o senhor começou a fazer isso, seu Jair?”
- Ex-presidente: “No final da tarde”.
Veja versão completa da pesquisa Datafolha
