Lula lamenta mortes em atentado na Austrália; atiradores eram pai e filho

Ataque ocorreu durante celebração judaica em Sydney e deixou ao menos 15 mortos
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O primeiro-ministro de Nova Gales do Sul, Chris Minns (à esquerda), conversando com Ahmed Al Ahmed, o homem que imobilizou e desarmou um dos autores do ataque na praia de Bondi, no Hospital St. George, em Sydney. Os líderes australianos concordaram, em 15 de dezembro, com leis de controle de armas mais rígidas após o pior massacre no país em quase três décadas, quando um pai e um filho abriram fogo contra um festival judaico na praia de Bondi, matando 15 pessoas, incluindo uma criança. (Foto: Divulgação / Departamento do Primeiro-Ministro de Nova Gales do Sul / AFP)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva manifestou profunda consternação diante do atentado que deixou ao menos 15 mortos e mais de 40 feridos na praia de Bondi, em Sydney, na Austrália. Em nota e publicação em rede social, Lula classificou o ataque como “inaceitável” e afirmou que atos de ódio e extremismo atentam contra valores universais como a paz, a convivência pacífica e a liberdade religiosa. Saiba mais na TVT News.

Ataque em Bondi teve motivação antissemita, dizem autoridades

O ataque ocorreu durante uma celebração judaica que marcava o início do Hanukkah e foi descrito pelas autoridades australianas como um ato de terrorismo e antissemitismo. Segundo a polícia de Nova Gales do Sul, os autores dos disparos eram pai e filho. O homem mais velho, Sajid Akram, de 50 anos, foi morto no confronto com a polícia no local. Já o filho, Naveed Akram, de 24, ficou gravemente ferido, foi hospitalizado sob custódia e deverá responder criminalmente.

As investigações indicam que o atentado foi premeditado e teve como alvo a comunidade judaica de Sydney. No veículo utilizado pela dupla, a polícia encontrou bandeiras associadas ao grupo extremista Estado Islâmico. As autoridades informaram que não há indícios de outros envolvidos.

Entre as vítimas estão pessoas com idades entre 10 e 87 anos, incluindo uma criança de 10 anos que morreu no hospital. Também foram confirmadas as mortes de um rabino e de uma sobrevivente do Holocausto. Dois policiais ficaram feridos durante a ocorrência. O Itamaraty informou que não há registro de brasileiros entre as vítimas.

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Uma menorá de Hanukkah é projetada nas velas da Ópera de Sydney em memória das vítimas do tiroteio na praia de Bondi, em Sydney, em 15 de dezembro de 2025. Um pai e um filho abriram fogo contra um festival judaico na praia de Bondi, na Austrália, em um ataque que matou 15 pessoas, incluindo uma criança, disseram as autoridades em 15 de dezembro, denunciando o ataque como “terrorismo” antissemita. Foto: DAVID GRAY / AFP

Lula reforça compromisso do Brasil com a paz e a liberdade religiosa

Ao comentar o episódio, Lula afirmou que o Brasil se solidariza com as famílias das vítimas e com toda a sociedade australiana, destacando que a violência motivada pelo ódio religioso representa uma ameaça aos princípios democráticos e aos direitos humanos. O presidente ressaltou que episódios como o de Bondi reforçam a necessidade de cooperação internacional no combate ao extremismo e à intolerância, defendendo o diálogo entre povos e religiões como caminho essencial para evitar novas tragédias. Segundo ele, a promoção da paz e do respeito mútuo deve ser um compromisso permanente da comunidade internacional.

O Ministério das Relações Exteriores também divulgou nota de repúdio, condenando o terrorismo e qualquer forma de antissemitismo.

Na Austrália, o massacre, que foi o pior tiroteio em massa no país em quase três décadas, reacendeu o debate sobre controle de armas. O primeiro-ministro Anthony Albanese afirmou que o governo pretende rever a legislação para endurecer regras de concessão e validade de licenças. Líderes de diversos países enviaram condolências às famílias das vítimas e mensagens de solidariedade ao povo australiano.

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