Abril Indígena em SP terá show, manifesto e debates

Manifesto em defesa da Mata Atântica conclama entidades para se engajar na proteção do bioma
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No mês que celebra o Dia dos Povos Indígenas, confira eventos culturais na capital paulista. Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

Durante todo este mês do Abril Indígena, como ocorre anualmente, diversos espaços culturais promovem atividades para homenagear os mais de 300 povos originários do país. Na capital paulista, já estão quase esgotados os ingressos do Museu das Culturas Indígenas para o lançamento, na manhã da próxima quinta-feira (17), do Manifesto em Defesa do Tombamento do Bioma Mata Atlântica como Patrimônio Material e Imaterial Brasileiro. Saiba mais em TVT News.

Estarão presentes no evento representantes de povos indígenas que vivem na Mata Atlântica, membros da sociedade civil, instituições de pesquisa e organizações ambientais e culturais. O manifesto pretende conclamar o máximo de pessoas e entidades para se engajar na proteção ativa do bioma. 

De acordo com dados levantados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e divulgados pela SOS Mata Atlântica e MapBiomas, no primeiro semestre de 2023, foram registrados mais de 4,3 mil ocorrências de desmatamento, mais de 47 mil hectares devastados e uma área média de 11 hectares de perda da vegetação. 

No primeiro semestre de 2024, o quadro melhorou. Foram notificados cerca de 2,2 mil casos, com área de 21 mil hectares desmatada e área média de 9,6 hectares. 

Ainda são números elevados e, conforme indica a apuração, a agricultura continua protagonizando o desflorestamento.

No próximo fim de semana, a agenda do movimento indígena está cheia, sobretudo, na Vila Itororó, formada por casas da década de 1920. No bairro da Penha, zona leste de São Paulo, o Grupo Indígena Wassu, liderado por Yuri Wassu, da etnia wassu cocal, convida pessoas de todas as idades para conhecer brincadeiras típicas dos povos originários. A atividade terá 1 hora 30 minutos de duração e será realizada no sábado (19), às 16h, no Espaço Mário Zan, no Largo do Rosário, 20, Penha de França. A entrada é gratuita.

Com o apoio da Secretaria Municipal de Cultura, artistas indígenas também farão apresentações e rodas de conversa, com os temas Memória, Luta e Resistência e São Paulo é Terra Indígena. Um dos destaques é o show da cantora e compositora Kaê Guajajara, nascida no Maranhão e criada em uma comunidade da Maré, no Rio de Janeiro. Expoente consolidada da Música Popular Originária, ela subirá no Palco Éden da Vila Itororó, no bairro da Bela Vista, às 19h, no sábado (19). A atração tem entrada livre.

Para saber mais sobre a programação, acesse o site da prefeitura de São Paulo.

Serviço

Lançamento do Manifesto em Defesa do Tombamento da Mata Atlântica

Quando: 17/04 (quinta-feira), das 10h às 12h

Onde: Museu das Culturas Indígenas – R. Dona Germaine Burchard, 451, Água Branca

Entrada gratuita, mediante inscrição

30 vagas

Classificação: Livre

Manifesto em Defesa do Tombamento do Bioma Mata Atlântica como Patrimônio Material e Imaterial Brasileiro será apresentado por representantes de povos indígenas que habitam a Mata Atlântica, membros da sociedade civil, instituições de pesquisa, organizações ambientais e culturais, convocando a responsabilidade coletiva para a preservação do bioma como patrimônio fundamental do Brasil.

Neste mês, em que se celebra o Dia dos Povos Indígenas, o lançamento do Manifesto conclama a união da sociedade em torno da causa, visto que a preservação da Mata Atlântica é uma questão de justiça ambiental, cultural e social. Assim, o tombamento integral não é apenas uma proteção ambiental, mas um reconhecimento da interdependência entre a floresta e os povos que nela vivem. Protegê-la é uma forma de proteger e perpetuar a história, cultura e o futuro.

Grupo Indígena Wassú – Especial Mês indígena

Quando: 19/04 (sábado) às 16h

Onde: Espaço Mário Zan – Largo do Rosário, 20, Penha de França

Entrada gratuita

Classificação: Livre

No coração da tradição e da ancestralidade, Yuri Wassu, da etnia Wassu Cocal, convida você a uma imersão única no universo dos povos indígenas.

Brincadeiras Indígenas é um mergulho no universo lúdico dos povos originários, conhecendo jogos tradicionais que atravessam gerações e carregam significados profundos sobre coletividade, respeito à natureza e aprendizado em comunidade. 

Forest Club – Kaê Guajajara

Quando: 19/04 (sábado) às 19h

Onde: Palco Éden – R. Maestro Cardim, 60, Bela Vista

Entrada gratuita

Classificação: Livre

Kaê Guajajara é cantora, compositora, atriz, autora e ativista pelos direitos indígenas e meio ambiente. O seu trabalho musical tem como base a inovação e as raízes ancestrais indígenas, matriz da música brasileira com diversas influências culturais que continuam a moldar e redefinir o cenário musical no Brasil e além. Nascida no Maranhão e criada no complexo de favelas da Maré, no Rio de Janeiro, Kaê é engajadora da MPO: Música Popular Originária, e expande a partir de suas composições e musicalidade, a visibilidade dos povos originários no contexto do mundo presente.

Com Agência Brasil

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