O presidente Lula já está na Malásia. A agenda de Lula na Malásia tem reunião com o primeiro-ministro malásio, recebimento de título de doutor honoris causa em Desenvolvimento e, em paralelo, reunião com Trump. Leia sobre a agenda de Lula na Malásia com a TVT News.
Quais são os compromissos de Lula na Malásia
O Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, realizará visita oficial à Malásia em 25 de outubro de 2025, a convite do Primeiro-Ministro Anwar Ibrahim.
É a primeira visita de um presidente brasileiro à Malásia desde 1995 e do terceiro encontro entre o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o Primeiro-Ministro malásio, que veio ao Brasil para as Cúpulas do G20 (novembro de 2024) e do BRICS (julho de 2025).
No dia 25, em Kuala Lumpur, capital da Malásia, o Presidente Lula se reunirá com o Primeiro-Ministro Anwar Ibrahim, ocasião em que serão discutidos temas da agenda bilateral, regional e multilateral.

Lula recebe título de doutor honoris causa em Sul Global
O Presidente receberá o título de doutor honoris causa em Desenvolvimento Internacional e Sul Global pela Universidade Nacional da Malásia, em cerimônia de outorga presidida pelo Sultão de Negeri Sembilan e Reitor da Universidade, Tuanku Muhriz. Como parte da programação da visita bilateral, o Presidente Lula deverá discursar em evento empresarial Brasil-Malásia sobre comércio e investimentos.
Brasil e Malásia devem aumentar a cooperação
Brasil exportou mais para a Malásia do que para Itália, Portugal, Reino Unido ou França
No contexto da visita, os governos do Brasil e da Malásia firmarão instrumentos de cooperação em diversas áreas: ciência, tecnologia e inovação, semicondutores, tecnologia da informação e área acadêmica.
Em 2024, o fluxo comercial com a Malásia atingiu US$ 5,9 bilhões. As exportações superaram US$ 4,3 bilhões (+5,9%), com superávit de US$ 2,8 bilhões. As vendas brasileiras concentraram-se em minério de ferro (37%) e óleos brutos de petróleo (28%). O Brasil exportou mais para a Malásia do que para Itália, Portugal, Reino Unido ou França.

Encontro de Lula e Trump deve ser domingo de manhã (tarde na Malásia)
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta sexta-feira (24), no encerramento da visita à Indonésia, que espera que o provável encontro com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, previsto para domingo (26), seja tranquilo e resulte em bom entendimento para as duas nações.
De acordo com fontes ouvidas pela imprensa internacional o encontro Lula e Trump pode acontecer no dia 26, às 16h locais (5h da manhã de domingo em Brasília) ou às 18 horas de Kuala Lumpur, 7h da manhã no horário de Brasília. Esses horários estão “livres” na agenda dos dois presidentes.
Encontro de Lula e Trump vai tratar de tarifaço, cafezinho e carne
De acordo com o presidente Lula, o encontro com Trump vai tratar do tarifaço, além de outro temas que envolvem a geopolítica na América Latina.
Lula disse que vai mostrar a Trump que a motivação econômica citada pelo presidente dos EUA nas cartas de anúncio da tarifa de 50% é inverdade: “A tese pela qual se taxou o Brasil não tem sustentação. Os Estados Unidos têm superávit de 410 bilhões de dólares em 15 anos com o Brasil [números da própria Casa Branca]”.
Que assuntos Lula vai conversar na reunião com Trump?
Durante a coletiva de encerramento na Indonésia, o presidente disse como irá abordar cada tema que surgir na reunião bilateral com o presidente Donaldo Trump no domingo. Confira:
Tarifaço
Lula adiantou que o Brasil vai defender o argumento que tem sido a tônica da política externa do país desde o início desse processo, de que as taxas impostas ao país não têm motivação sustentável. “Tenho todo o interesse e disposição de mostrar que houve equívoco nas taxações. Quero provar com números. A tese pela qual se taxou o Brasil não tem sustentação. Os Estados Unidos têm superávit de 410 bilhões de dólares em 15 anos com o Brasil”, argumentou.
Café e carne
Lula dise ainda que as taxas de 50% impostas de forma unilateral sobre as exportações brasileiras tiveram efeitos adversos para a população norte-americana. “O presidente Trump sabe que o preço da carne lá está alto, que o cafezinho vai ficando caro, então penso que as pessoas vão descobrindo que nem todas as medidas que a gente toma repercutem do jeito que a gente queria”, ponderou.

Soberania dos países latino-americanos
Perguntado sobre ações recentes dos Estados Unidos em torno do combate às drogas na região da América Latina, com ataques a embarcações que supostamente transportavam substâncias ilícitas, Lula citou a necessidade de respeito às regras da política internacional.
Expectativa positiva para a reunião com Trump na Malásia
Lula concluiu ressaltando ter esperança de que a reunião possa resultar também em uma mensagem positiva ao mundo. “Nós somos as duas maiores democracias do Ocidente. Temos que passar para a humanidade harmonia e não desavença. Temos que mostrar para a humanidade uma perspectiva objetiva na melhoria de vida dos povos que a gente representa”.
