Ainda Estou Aqui vence como o Melhor Filme do Ano pela crítica internacional

É a primeira vez que um filme brasileiro é eleito na premiação
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A escolha de Ainda Estou Aqui foi resultado de uma votação online que incluiu 739 jornalistas de 75 países. Foto: Reprodução

Novamente o cinema nacional é reconhecido por sua excelência. Desta vez, a sétima arte brasileira alcança um marco inédito com a vitória de Ainda Estou Aqui como o Melhor Filme do Ano pela Federação Internacional de Críticos de Cinema (Fipresci). Dirigido por Walter Salles, o filme é a primeira produção do Brasil a conquistar o Grand Prix, a honraria máxima da federação, em seus 25 anos de história. A vitória foi divulgada nesta terça-feira (2). Saiba os detalhes na TVT News.

A escolha de Ainda Estou Aqui foi resultado de uma votação online que incluiu 739 jornalistas de 75 países. A cerimônia de premiação será em 19 de setembro, na abertura do 73º Festival Internacional de Cinema de San Sebastián, na Espanha, onde Walter Salles receberá o troféu.

Em declaração, Salles expressou que o prêmio é “muito especial” para toda a equipe do filme e para o cinema nacional. Ele ressaltou a importância do apoio crítico para a conexão do filme com o público e sua permanência nas salas de exibição. O diretor também enfatizou que, em um “momento tão grave de nossa história”, a crítica, a imprensa independente e o cinema podem ser instrumentos vitais na resistência ao esquecimento.

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Walter Salles dedicou o Oscar a Eunice Paiva. Imagem: Reprodução/Academy/Oscars

Uma trajetória de sucesso

Ainda Estou Aqui narra a reconstrução da memória de uma família e da memória coletiva do Brasil, impactadas pela ditadura militar. O longa, adaptado do livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva, acompanha a busca incansável de Eunice Paiva (interpretada por Fernanda Torres) pelo reconhecimento da morte de seu marido, Rubens Paiva (vivido por Selton Mello), durante o regime autoritário.

A conquista da Fipresci solidifica a aclamada trajetória do filme, que já coleciona mais de 60 prêmios em festivais nacionais e internacionais. Entre os destaques anteriores, estão:

  • Oscar de Melhor Filme Internacional, outra conquista inédita para o Brasil;
  • Globo de Ouro de Melhor Atriz em Filme de Drama para Fernanda Torres;
  • Leão de Prata de Melhor Roteiro no Festival de Veneza;
  • 13 estatuetas no Grande Otelo, incluindo Melhor Longa de Ficção, Direção, Roteiro Adaptado, Atriz, Ator e Fotografia.

O Grand Prix da Fipresci já premiou grandes cineastas como Jean-Luc Godard, Pedro Almodóvar, Alfonso Cuarón e Paul Thomas Anderson. Walter Salles, que já havia sido homenageado pela federação em 2018 pelo conjunto da obra, se junta agora à lista de vencedores do maior prêmio da crítica internacional.

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