Ameaça ao Lula: podcast A Hora, produzido pelos jornalistas José Roberto de Toledo e Thais Bilenky, do UOL, revela que o golpe de 8 de janeiro previa captura de Lula e Moraes. Os golpistas fizeram levantamento de nomes, rotina e até armas de seguranças de Lula. As informações estavam no celular de Mauro Cid. Veja em TVT News.
Ameaça ao Lula: golpistas pretendiam capturar o presidente e Alexandre de Moraes
O podcast A Hora, do UOL, revelou que entre as tramas da preparação do golpe estavam o levantamento dos nomes, das rotinas e até do armamento usado pelos responsáveis pela segurança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O mesmo trabalho foi feito em relação aos seguranças do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. O objetivo dessa ameaça ao Lula e a Moraes era a captura deles pelos golpistas do janeiro.
A informação desta ameaça ao Lula e à democracia foi apurada pelos jornalistas José Roberto de Toledo e Thais Bilenky, que ouviram duas fontes ligadas à investigação.
De acordo com os jornalistas, a Polícia Federal utilizou um software israelense para recuperar arquivos eletrônicos apagados pelo tenente-coronel Mauro Cid. Esses arquivos revelam detalhes do golpe frustrado de 8 de janeiro de 2023.
A reportagem do UOL afirma que essas informações resgatadas do celular de Mauro Cid provocaram a convocação de novas testemunhas, “entre elas um general kid preto (das forças especiais do Exército) e de Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin (a agência de inteligência) durante o governo Bolsonaro”, relata reportagem.
Ameaça ao Lula: entenda a trama do golpe de 8 de janeiro
De acordo com o podcast A Hora, as informações resgatadas do celular de Mauro Cid mostram que o planejamento do golpe de 8 de janeiro previa a “abordagem e captura de Lula e de Moraes pelos golpistas”.
“Pelo tipo de informações coletadas por eles, fica evidente que os golpistas se preparavam para a eventualidade de um confronto armado e violento com os seguranças do presidente e do ministro Alexandre de Moraes”, afirma a reportagem do UOL.
A reportagem lembra que no dia da tentativa de golpe de 8 de janeiro, nem Lula nem Moraes estavam em Brasília. Lula havia viajado para Araraquara, no interior de São Paulo, e Moraes tinha ido para Paris, França.
Alexandre Ramagem, candidato do PL derrotado nas eleições para a prefeitura do Rio de Janeiro é policial federal e dirigiu os agentes da Abin por indicação de Bolsonaro. Ele foi convocado e prestou depoimento à Polícia Federal, nesta semana, no inquérito sobre o golpe.
No dia seguinte ao depoimento de Ramagem, a Polícia Federal também ouviu o general Nilton Diniz Rodrigues. Atualmente, ele comanda a Segunda Brigada de Infantaria de Selva, baseada em São Gabriel da Cachoeira, no Amazonas.
Golpistas condenados
O STF já condenou mais de 200 envolvidos no 8 de janeiro. Eles respondem pelos crimes de associação criminosa armada, dano qualificado, deterioração do patrimônio tombado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e tentativa de golpe de Estado.
O ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, disse que é inconstitucional qualquer projeto de lei que proponha a concessão de anistia às pessoas condenadas judicialmente por envolvimento nos atos golpistas do dia 8 de janeiro de 2023.
“Na minha leitura, como jurista, isso é inconstitucional. Não se pode dar anistia a praticantes de crimes que tentem abolir o Estado de Direito, a democracia”, afirmou o ministro ao participar, em 30 de outubro, do programa Bom Dia, Ministro,
Golpistas do 8 de janeiro no exterior
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a extradição de foragidos e investigados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 que estão foragidos no exterior.
A medida do ministro envolve cerca de 60 brasileiros que fugiram para a Argentina após romperem a tornozeleira eletrônica e o blogueiro Oswaldo Eustáquio, que está na Espanha.
Com informações do portal UOL e da Agência Brasil