Ataques a ônibus em SP: 33 dias e mais de 700 ônibus atacados

Depredações podem estar relacionadas com o PCC, desafios de internet ou insatisfação de funcionários, diz Polícia Civil
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Em 7 de julho, o dia mais grave de ataques, foram registrados 59 casos. Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

Em um mês, a região metropolitana de São Paulo e a Baixa Santista registraram mais de 700 casos de ataques a ônibus. Os casos de vandalismo no sistema de transporte público tiveram um pico no domingo (13), quando ocorreram 47 casos, o segundo maior número por dia desde que os ataques começaram em 12 de junho. Saiba mais em TVT News.

O dia mais grave foi 7 de julho, quando 59 casos foram registrados. De acordo com a SPTrans e a Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana e Transporte, somente na capital paulista, 421 coletivos foram alvos de pedradas desde que os ataques começaram. Quando se leva em conta os ataques em municípios da região metropolitana e da Baixada Santista, o total chega a 718 incidentes no Estado.

O que está por trás dos ataques a ônibus em SP

Sete suspeitos foram detidos até o momento. A investigação da polícia segue três linhas principais: ligação dos casos com o Primeiro Comando da Capital (PCC); desafios de internet; e funcionários ou empresas que trabalham com transporte urbano coletivo. A Divisão de Crimes Cibernéticos (DCCiber) também participa dos trabalhos para monitorar se há envolvimento de criminosos em plataformas digitais. 

A principal linha de investigação da Polícia Civil até o momento é a de que os ataques estariam relacionados a insatisfações de funcionários e empresas do transporte coletivo com a gestão da Prefeitura de São Paulo e com a disputa entre concorrentes no setor.

Segundo a SPTrans, quando um ônibus sofre algum tipo de dano, a empresa responsável deve retirá-lo de circulação para manutenção e disponibilizar outro veículo no lugar, garantindo o funcionamento regular do serviço. Caso essa substituição não aconteça, a companhia é punida pela viagem não realizada — o que pode explicar a motivação por trás dos ataques.

De acordo com um relatório da Polícia Civil, três empresas concentram a maior parte das ocorrências de vandalismo contra ônibus na capital paulista desde o início de junho: Mobibrasil, Transppass e Viação Grajaú. A maioria das ocorrências foi registrada na regiões onde atuam as empresas que mais sofreram com os ataques, nas zonas Sul, Sudeste e Oeste da cidade

A Polícia Militar de São Paulo (PM) está executando a Operação Impacto Proteção a Coletivos desde quinta-feira (10) para coibir os atos de vandalismo contra ônibus de transporte público. Estão sendo utilizados 7,8 mil policiais e 3,6 mil viaturas em pontos estratégicos. As ações devem se estender até 31 de julho.

Com informações de Agência Brasil.

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