O Brasil enfrenta um período de alerta devido ao aumento significativo de infecções por vírus respiratórios, marcado pela crescente circulação do Vírus Sincicial Respiratório (VSR), vírus influenza A, rinovírus e coronavírus que podem resultar em casos da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). A situação levou alguns estados e municípios a decretarem estado de emergência em saúde pública. Saiba mais em TVT News.
Dados do boletim InfoGripe da Fiocruz e do Instituto Todos pela Saúde (ITpS) indicam que é a maior taxa do VSR dos últimos três anos, com 18 das 27 capitais brasileiras mostrando tendência de crescimento; enquanto mais da metade do país, nas 16 das 27 unidades federativas, se encontram em nível de risco ou alto risco para SRAG.
Neste ano, já foram notificados mais de 45 mil casos de SRAG, sendo 42,9% com resultado positivo para algum vírus respiratório. Desse total, 38,4% foram causados por VSR, 27,9% por rinovírus, 20,7% por covid-19, 11,2% por influenza A e 1,6% por influenza B.
A mudança de estação e a aglomeração em locais fechados favorecem a disseminação do vírus, em consequência, o aumento das hospitalizações de crianças pequenas pelo VSR e de crianças mais velhas e adolescentes até 14 anos pelo rinovírus, informa a análise do InfoGripe divulgada em 26 de abril. Já o influenza A, que também contribui para os casos de SRAG, acomete mais idosos e pessoas com doenças crônicas.
Bronquiolite e o VSR
O VSR é um dos principais vírus associados à bronquiolite, outro quadro que cresce durante o período entre março e julho, principalmente entre crianças.
A bronquiolite é a inflamação dos bronquíolos, pequenas e finas ramificações dos brônquios que transportam o oxigênio até o pulmão.
“Quase todas as crianças são infectadas com VSR pelo menos uma vez até os dois anos de idade. Recorrências em outros momentos da vida são comuns, uma vez que a infecção não proporciona imunidade completa, mas, em geral, são menos graves”, explica a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).
A vacinação é o método de prevenção mais eficaz. A vacina contra a gripe previne o influenza A e está disponível nos postos de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS) para grupos prioritários.
Para o VSR, o medicamento que contém o anticorpo palivizumabe também é oferecido pelo SUS para bebês de alto risco. Em breve, a instituição pública deve começar a disponibilizar o imunizante contra o VSR no segundo semestre de 2025.
Além da vacinação, é importante evitar beijar bebês, evitar o contato de bebês com pessoas gripadas e lavar as mãos sempre antes de ter contato com crianças.
No dia 6 de maio, o Governo Federal anunciou um incentivo anual de R$ 100 milhões para reforçar as ações de prevenção da SRAG no SUS. O objetivo da pasta é melhorar o atendimento às crianças no SUS, público que tem registrado aumento nas hospitalizações.
Com informações da Agência Brasil