Autópsia de Juliana Marins revela causa da morte

Exame apontou ferimentos na cabeça, fratura na coluna vertebral, nas coxas e outros arranhões pelo corpo
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A publicitária Juliana Marins fazia um mochilão pelo sudeste asiático. Foto: Instagram/Reprodução

A brasileira Juliana Marins morreu cerca de 20 minutos depois de sofrer um grave ferimento na cavidade torácica, de acordo com o legista Ida Bagus Putu Alit, do Hospital Bali Mandara, na Indonésia. A estimativa do médico é que a jovem tenha falecido na quarta-feira (25), entre 1h e 13h. Entenda na TVT News.

Causa da morte de Juliana Marins

O médico-legista Dr. Ida Bagus Putu Alit, responsável pela análise, aponta que a causa da morte foi uma lesão provocada por forte impacto nas costas, que causou intenso sangramento na cavidade torácica.

“O impacto foi forte e ocorreu nas costas da vítima. Estimamos que a morte tenha ocorrido em cerca de 20 minutos após o ferimento”, afirmou Ida Bagus Putu Alit em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (27).

Apesar da informação, o legista não soube dizer se ferimento ocorreu na primeira queda ou ao longo dos outros dias. “Estamos apenas analisando os fatos com base nos achados da autópsia. Não há evidências de que a vítima tenha sobrevivido por um longo período após o acidente”, declarou.

Em entrevista à BBC, o médico-legista disse: “De acordo com meus cálculos, a vítima morreu na quarta-feira (25), entre 1h e 13h (horário local)”. A informação diverge da divulgada pela agência de buscas e resgastes da Indonésia (Basarnas), que havia confirmado a morte de Juliana Marins na terça-feira (24), quando a equipe de resgate a encontrou.

Também foram encontrados ferimentos nos membros superiores, inferiores e costas da brasileira. O legista disse que além da hemorragia interna, a jovem tinha ferimentos na cabeça, fraturas na coluna vertebral, nas coxas e outros arranhões pelo corpo.

Segundo relatos de turistas horas após a primeira queda foi possível ouvir Juliana Marins pedindo socorro e informando o próprio nome.

A autópsia aconteceu no Hospital Bali Mandara, em Denpasar, na Ilha de Bali. O corpo chegou no local para a análise às 11h35 (no horário de Brasília) de quinta-feira (26), após ser transportado da província onde o Monte Rinjani está localizado, de ambulância, já que não há peritos na província.

Lula disse que o governo ajudará no translado do corpo de Juliana Marins

Nesta quinta-feira (26), Lula afirmou que o Ministério das Relações Exteriores prestará todo o apoio à família de Juliana Marins para que o corpo da brasileira seja trazido ao Brasil.

Em publicação nas redes sociais, Lula disse ter feito uma ligação telefônica com o pai de Juliana para prestar solidariedade. O presidente informou que o Itamaraty dará suporte para o traslado do corpo de Juliana Marins da Indonésia ao Brasil.

Entenda o caso de Juliana Marins

Juliana Marins, 26 anos, se acidentou na sexta-feira (20), quando caiu da borda do vulcão Rinjani, o segundo maior da Indonésia, durante uma trilha. Horas após a queda, no sábado (21), Juliana foi localizada por um drone, quando ainda estava viva. Inicialmente, a brasileira caiu 300 metros vulcão abaixo, mas por seguiu deslizando nos dias seguintes.

De acordo com familiares, Juliana passou mal durante a trilha e parou para descansar. O guia, Ali Musthofa, que acompanhava o grupo de cinco pessoas seguiu viagem e abandonou por mais de uma hora a brasileira, que caiu no penhasco. O guia nega.

No domingo (22), o Itamaraty fez contato com o governo indonês para cobrar uma operação de resgate da brasileira. As falhas no resgate ocorreram por leniência da Indonésia e falhas em equipamentos, além das dificuldades climáticas. Na segunda-feira (23), Juliana não se movia quando bombeiros a localizaram novamente com um drone de visualização térmica.

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A publicitária Juliana Marins fazia um mochilão pelo sudeste asiático. Foto: Instagram/Reprodução

Na terça-feira (24), uma equipe de sete socorristas localizou o corpo. A família confirmou a morte de Juliana Marins pela manhã: “Com imensa tristeza, informamos que ela não resistiu. Seguimos muito gratos por todas as orações, mensagens de carinho e apoio que temos recebido”.

A família da brasileira sofreu com a falta de notícias sobre o paradeiro de Juliana, além de ser alvo de desinformação, como a de que equipes de resgate haviam levado água e alimentos para a brasileira no dia do acidente.

Formada pela UFRJ, a publicitária de Niterói, no Rio de Janeiro, era influenciadora nas redes sociais, onde registrou parte da viagem à Indonésia, e dançarina de pole dance. O acidente ocorreu durante um mochilão pelo sudeste asiático.

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