Os cinco maiores bancos do Brasil tiveram lucro de R$ 53,9 bilhões apenas nos primeiros seis meses de 2024. Contudo, estas instituições rejeitam diálogo com a categoria dos trabalhadores bancários. Por isso, o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região está mobilizado em campanha nacional. “Ainda não temos propostas econômicas. Essa era nossa expectativa já na sétima rodada de negociação”, afirma a presidenta do sindicato, Neiva Ribeiro, em entrevista hoje (14) à apresentadora Girrana Rodrigues, do Seu Jornal, da Rede TVT.
Neiva falou sobre a Campanha Nacional Unificada dos bancários e as exigências dos trabalhadores. Entre elas, está a demanda de um reajuste com aumento real, que envolva também os vales (refeição e alimentação) e a Participação nos Lucros e Resultados (PLR). Contudo, as reivindicações não são apenas financeiras. “Temos vários tópicos. Remuneração, saúde e condições de trabalho, combate ao assédio moral, igualdade de oportunidades. Contudo, levamos propostas, nossas pautas, defendemos, mas queremos uma proposta global sobre nossos ítens”, disse.
Assista à entrevista ao Seu Jornal na íntegra
“Chifre em cabeça de cavalo”
Outro destaque do Seu Jornal é a questão dos ataques recentes contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Enquanto presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ministro conduziu inquéritos contra a disseminação de fake news nas eleições de 2022. Então, a Folha de S.Paulo, publicou denúncias de supostas irregularidades na coleta de informações. Contudo, existem divergencias entre juristas e, o entendimento padrão, é de que as provas são válidas e a lisura do processo está mantido.
Para falar sobre o tema, Girrana conversou com o ex-ministro da Justiça, Eugênio Aragão. “Falam de fora do rito, mas não há nada de fora do rito. Há conexão entre processos e um juíz pode pedir para outro de causa conexa provas que podem ser aproveitadas. Alexandre de Moraes, por força de designação como presidente do TSE, assumiu processos que investigava ataques à democracia. Isso está totalmente de acordo com o regimento do STF. Claro que, por economia processual, ele agiu da forma como que fez. Estão vendo chifre em cabeça de cavalo. Ele não fez nada que dois juízes não pudessem fazer, mas ele acumulava duas funções”, explicou.
Por fim, Aragão disse não ver “qualquer irregularidade”. “Jornalistas que lançaram isso como grande escândalo não conhecem direito processual civil ou penal e não conhece como tribunais cooperam entre si. Portanto, como jurista, não há qualquer tipo de estranheza”, concluiu.