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Boulos e Nunes aparecem empatados no Datafolha, distantes de Marçal

Maior avanço em relação à pesquisa Datafolha anterior foi na espontânea em que Boulos (Psol) subiu de 20% para 23%.
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Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL) permanecem tecnicamente empatados, com 27% e 26% das intenções de voto. Foto: Divulgação

A mais recente pesquisa Datafolha, divulgada hoje (19) aponta um cenário de estabilidade entre os principais candidatos. Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL) permanecem tecnicamente empatados, com 27% e 26% das intenções de voto, respectivamente. Já Pablo Marçal (PRTB), que esteve no centro de polêmicas durante a semana, segue com 19%, sem alterações significativas em relação à última pesquisa, do dia 12. O maior avanço foi na pesquisa espontânea, onde Boulos subiu de 20% para 23%. Enquanto isso, Nunes e Marçal oscilaram de 14% para 16% e 15% para 16%, respectivamente.

O quadro de empate triplo, registrado em pesquisas anteriores, recuou, aproximando-se do cenário visto no início da campanha, quando Nunes e Boulos lideravam sem a ameaça direta de Marçal. A pesquisa foi realizada entre os dias 17 e 19 de setembro, ouvindo 1.204 eleitores, e tem margem de erro de três pontos percentuais para mais ou para menos, estando registrada sob o código SP-03842/2024.

Fonte: Datafolha

Pelotão inferior no Datafolha

Enquanto os dois principais candidatos seguem na dianteira, a situação no pelotão intermediário também apresenta pouca variação. Tabata Amaral (PSB) tem 8%, mantendo-se em empate técnico com José Luiz Datena (PSDB), que aparece com 6%. Marina Helena (Novo) mantém seus 3%. Além disso, 6% dos eleitores declararam voto em branco ou nulo, uma leve queda em relação aos 7% da pesquisa anterior, e 3% dos entrevistados não souberam ou preferiram não responder.

Na pesquisa espontânea, em que o eleitor responde sem ver a lista de candidatos, o cenário segue semelhante. Boulos lidera com 23%, enquanto Nunes tem 16% e Marçal, 15%. O dado mais relevante dessa modalidade é a alta porcentagem de indecisos: 28% dos entrevistados ainda não sabem em quem votar.

Embates públicos

As brigas mais relevantes começaram no domingo (15), quando Datena e Marçal se envolveram em um episódio de violência durante um debate na TV Cultura, com o tucano agredindo o influenciador com uma banqueta. Apesar do ato polêmico, a pesquisa não mostra variação significativa nas intenções de voto para Datena, que continua com 6%.

No debate seguinte, realizado pela RedeTV! e UOL, os candidatos voltaram ao embate, mas desta vez apenas com trocas verbais acaloradas. A expectativa de uma desidratação na campanha de Marçal, após o incidente, não se concretizou, mantendo-se estável nas pesquisas.

Datafolha: Perfil do eleitorado

A estabilidade também é observada pelo Datafolha nos diferentes segmentos da população. Nunes, Marçal e Boulos aparecem praticamente empatados entre os eleitores com escolaridade média, que representam 43% do total de entrevistados. Entre os eleitores mais pobres, Nunes segue com vantagem, registrando 31% das intenções de voto, enquanto Boulos tem 20%, e Marçal, 19%.

Entre os eleitores de maior renda, Boulos lidera com 34%, seguido por Marçal (24%) e Nunes (22%). Já no segmento com ensino superior, os números são parecidos, com o psolista também na frente.

Outro dado relevante para a campanha de Nunes é a avaliação de seu governo. Apesar de uma ligeira queda, 28% dos entrevistados aprovam sua gestão, enquanto 22% desaprovam e 47% consideram seu governo regular. Marçal tem sua melhor performance entre os homens, com 28% de apoio, seguido por Boulos (24%) e Nunes (23%). Já entre as mulheres, Nunes lidera com 30%, seguido de perto por Boulos, com 29%, enquanto Marçal tem apenas 12%.

Influência de Lula e Bolsonaro

A disputa pela Prefeitura de São Paulo também reflete a polarização nacional entre Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL). Boulos é fortemente associado ao atual presidente, com 48% dos eleitores de Lula apoiando sua candidatura. No campo bolsonarista, a divisão entre Nunes e Marçal continua. Nunes, apoiado oficialmente por Bolsonaro, tem 40% de preferência entre os eleitores do ex-presidente, enquanto Marçal, que se apresenta como independente, tem 41%.

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