O ambulante senegalês Ngange Mbaye morreu por um tiro disparado por um dos agentes da Polícia Militar (PM) na última sexta-feira (11). O caso violento aconteceu no Brás, em São Paulo, durante uma tentativa de confiscar os produtos de uma colega. Leia mais informações na TVT News.
O que aconteceu durante ação no Brás?
O senegalês Ngange Mbaye almoçava na região, ele estava em um momento de folga, quando viu uma colega ser abordada pela PM. Compadecido tentou ajudar a outra ambulante a não perder todo o investimento feito nas mercadorias.
Os oito policiais ficaram mais violentos, Mbaye pegou uma barra de metal e começou a bater nos agentes que tentavam se aproximar. Em segundos, um dos policiais sacou uma arma e atirou na direção de Mbaye.
Após o disparo, Mbaye junto a mais quatro homens correram com as mercadorias para se afastar dos policiais.
Segundo a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), o ambulante deu entrada na Santa Casa de Misericórdia, cerca de 4km de onde aconteceu o caso. O senegalês não resistiu aos ferimentos e morreu na sexta-feira (11).
Em nota oficial, a SSP-SP afirmou que o policial envolvido foi afastado e que o caso que aconteceu no Brás será investigado.
“A Polícia Militar instaurou um Inquérito Policial Militar (IPM) e afastou das atividades operacionais o agente envolvido na morte de um homem de 34 anos, ocorrida nesta sexta-feira, na Avenida Rangel Pestana. O homem, que agrediu um policial militar com uma barra de ferro, foi socorrido à Santa Casa de Misericórdia, mas não resistiu ao ferimento. A barra utilizada na agressão foi apreendida, assim como a arma do agente. A ocorrência foi registrada no 8º Distrito Policial como morte decorrente de intervenção policial e tentativa de homicídio. O caso será investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP)”
Repercussão entre os trabalhadores do Brás e comunidades em São Paulo
Mais um caso de violência policial na cidade de São Paulos comoveu os trabalhadores. No sábado (12), aconteceu um protesto pela a morte de Ngange Mbaye.
Na manifestação encontrava-se cartazes pedindo por justiça e chamando a polícia brasileira de racista.
Alguém arremessou objetos na polícia que fazia a escolta do ato. Os agentes revidaram com bombas de gás lacrimogêneo.
Um veículo blindado da Tropa de Choque e a cavalaria da PM foram acionadas. Eles usavam escudos e armas, o que aumentou a tesão no local.
Lojistas fecharam as portas enquanto as pessoas corriam para se proteger da violência, o que causou mais tumulto.
Pessoas que estavam no protesto perderam objetos como celulares.
*Em atualização