Brasil e China firmam parceria para desenvolvimento sustentável

Brasil e China deram mais um passo para fortalecer suas relações bilaterais e impulsionar o desenvolvimento regional sustentável
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Parceiros pretendem construir a Comunidade Brasil China de Futuro Compartilhado para um Mundo Mais Justo e um Planeta Mais Sustentável. Foto: Ricardo Stuckert/PR

Brasil e China deram mais um passo para fortalecer suas relações bilaterais e impulsionar o desenvolvimento regional sustentável. Entenda na TVT News.

Nesta segunda-feira (11), o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, e o vice-ministro da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da China, Wang Changlin, assinaram, em Pequim, um Memorando de Entendimento que estabelece novas frentes de cooperação econômica, logística, tecnológica e ambiental.

O documento é resultado direto do compromisso assumido pelos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Xi Jinping de construir a Comunidade Brasil China de Futuro Compartilhado para um Mundo Mais Justo e um Planeta Mais Sustentável. O foco é promover a interconectividade, reduzir desigualdades territoriais e melhorar a qualidade de vida por meio de políticas públicas inclusivas e projetos de impacto regional.

“O Brasil e a China compartilham desafios e oportunidades semelhantes no enfrentamento das desigualdades territoriais e na promoção de um crescimento equilibrado. A cooperação bilateral é estratégica para o intercâmbio de experiências e boas práticas”, afirmou Góes.

Áreas prioritárias e ações previstas

O Memorando de Entendimento define setores prioritários como:

  • fortalecimento da cooperação entre governos locais;
  • incentivo à inovação regional;
  • melhor distribuição de atividades produtivas;
  • governança ecológica de biomas e bacias hidrográficas;
  • realização de Seminários Brasil–China sobre Políticas Regionais.

As ações incluem estudos de caso, visitas técnicas, capacitações conjuntas e trocas de experiências entre regiões e províncias dos dois países.

Para Wang Changlin, a cooperação deve também ampliar o alcance de políticas ligadas a infraestrutura, desenvolvimento verde e inovação tecnológica. O vice-ministro expressou a expectativa de realizar, já no próximo ano, o primeiro diálogo de alto nível sobre políticas de desenvolvimento regional.

Bioeconomia como motor de integração

Góes destacou que a parceria pode fortalecer a bioeconomia brasileira, abrindo mercado para produtos como açaí, cupuaçu, cacau, azeite e coco, especialmente oriundos do Nordeste e da Amazônia. O café, já consolidado no comércio bilateral, continua sendo uma vitrine de qualidade para novos produtos.

Futuro Brasil e China

A formação da Comunidade de Futuro Compartilhado Brasil–China prevê ações integradas para os próximos 50 anos de relações diplomáticas. A estratégia inclui a criação de sinergias entre a Iniciativa Cinturão e Rota, da China, e programas brasileiros como o Nova Indústria Brasil (NIB), o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o Plano de Transformação Ecológica e o Programa Rotas da Integração Sul-Americana.

Wang Changlin reforçou que Brasil e China possuem “grande complementaridade econômica” e missões semelhantes diante dos desafios globais. Como parte dessa integração, a NDRC convidou 24 representantes de alto escalão do Ministério do Planejamento e Orçamento e da Casa Civil para um seminário temático sobre desenvolvimento econômico, vinculado à coordenação do Programa Rotas da Integração Sul-Americana.

Com esse acordo, Brasil e China não apenas ampliam sua cooperação técnica e comercial, mas também consolidam uma visão de desenvolvimento que une prosperidade econômica e sustentabilidade ambiental, alinhando interesses regionais a uma agenda global de longo prazo.

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